tag:blogger.com,1999:blog-28015028314169638742024-03-14T15:01:26.155-03:00Blog do DelemonULTIMA HOMINIS FELICITAS EST IN CONTEMPLATIONE VERITATISÉrick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.comBlogger45125tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-91052975164845006272012-09-25T00:01:00.001-03:002012-09-25T00:01:43.179-03:00Anulação<p>107 </p> <p> </p> <div align="left"> <table border="0" cellspacing="5" cellpadding="0" width="535" align="right"><tbody> <tr> <td valign="top" width="523">Quando mudar é, simplesmente, <br />ser no outro ser, sob a promessa <br />de assustadora eternidade <br />que a alma do cosmo atravessa,</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="523"> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="523">que gorjeios de anjos essa gente <br />suporta ouvir eternamente?</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="523"> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="523">bem-vinda estrela do orçamento <br />que atrai os astros como o ímã <br />da carne atrai o sofrimento,</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="523"> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="523">cisma Yacala, sob a sanha <br />do anjo da cólera em campanha.</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="523"> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="523"> <br /></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="523"> <p align="right"><font size="3">Alberto da Cunha Melo</font> <br />excerto do livro<i> Yacala</i>, 1999</p> </td> </tr> </tbody></table> </div> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-51744809407693370082012-06-21T06:24:00.001-03:002012-06-21T06:24:06.246-03:00Canto do Boiadoreiro, ou: A Fila Anda<p>Diz o canto do boiadeiro apaixonado: <br />Eu queria uma égua mas arrumei mula-manca <br />E da mula-manca não larguei e também só me espanca! <br />Mas ainda estou firme, mesmo que prego na areia fincado <br /> <br />Dizem que rei nunca perde a majestade, e como caça não hei de servir mais. <br />Boiadeiro é rústico mas sabe apreciar a verdade, e como Platão disse, sabe <br />que justiça é a cada um, a parte que lhe cabe. <br />Boiadeiro sabe quando é formoso, e quando tem coração bom, bom de paz, <br />e sabe que é esforçado mesmo se às vezes a cabeça atrapalha <br />Quem perde então, se não morre sem… Ganha o mundo e ganha a mortalha <br /> <br />Dizem que quem anda na areia às vezes escorrega. Mas eu caminho é no mar <br />Aquilo que é de ruim o mar leva. No mar, corre-se o risco de afundar. <br />Mas o que é bom o mar traz também. Como marinho então repito até cansar: <br />Porque quem não é feliz comigo mando passear <br /> <br />De mula-manca já sobram por demais no mundo  <br />Embora com belas ancas, com as carrancas não ousam nem pensar <br />Se o mar tá cheio de peixe, acharei um que não vai me espancar <br />Assim aprende, nessa lambança, uma verdade que sempre se dança: a fila anda, vagabundo</p> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-89129415655438579522012-04-07T01:05:00.001-03:002012-04-07T01:05:19.089-03:00A Crença em Troia – Parte I<p align="justify"><font size="2">O escrito que se segue é uma condensação efetuada por mim de trecho do livro <strong>Deuses, Túmulos e Sábios</strong> de C. W. Ceram <font size="1">(</font><a href="http://delemon.blogspot.com.br/2009/03/porque-historia.html" target="_blank"><font size="1">já citado por estas bandas</font></a><font size="1">)</font> (no caso, retirados da 8ª edição brasileira, de 1959 [p. 37-42]), da Editora Melhoramentos (o livro ainda é editado e pode ser encontrado nas livrarias). Trechos em negrito ou grifados são meus.</font></p> <hr /> <p align="justify"> <br /><font size="3" face="Cambria">O pai contava sagas, contos de fadas e lendas ao menino. Falava-lhe também – velho humanista – sobre as lutas dos herois de Homero, sobre Páris e Helena, sobre Aquiles e Heitor, sobre a forte Troia consumida pelas chamas. No Natal de 1829 deu-lhe de presente “A História do Mundo Ilustrada”, de Jerrer. Aí havia uma gravura representando Eneias com o filho pela mão, o velho pai às costas, fugindo da fortaleza em chamas. O menino olhava a gravura, os muros fortes, a sólida porta ocidental.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">— Tróia era assim? Perguntava.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">O pai acenava com a cabeça.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">— E tudo isso foi destruído, completamente destruído, e ninguém sabe onde isso era?</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">— Isso mesmo, respondia o pai</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">— Não acredito, dizia o menino Heinrich Schliemann. Quando eu for grande, hei de encontrar Troia; e também o tesouro do rei.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">O pai ria.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">“As primeiras impressões de uma criança permanecem toda a vida.” Mas nele essas impressões da narração de feitos clássicos não foram causadas por muito tempo. Sua instrução terminou aos 14 anos, quando entrou como aprendiz para uma loja de secos e molhados da cidadezinha de Fürstenberg. Durante cinco anos e meio vendeu arenques, aguardente, leite e sal a varejo, moeu batatas para destilação e varreu a loja. E isso das cinco horas da manhã às onze da noite.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Esqueceu o que aprendera e o que ouvira do pai. Mas eis que um dia entrou na venda um empregado de moinho embriagado, debruçou-se sobre o balcão e, com voz tonitruante e cheia de sentimento, começou a recitar versos, com o desprezo de quem já fora estudante e assim se sentia espiritualmente superior aos outros. Schliemann ficou encantado. Não entendia patavina, mas, quando soube que eram versos da Ilíada de Homero, juntou seus pfennings e pagou ao ébrio um gole para que os repetisse.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Sua vida tornou-se aventurosa. Em 1841 foi para Hamburgo e engajou-se como grumete de um navio que zarpava para a Venezuela. Após uma viagem de 15 dias, o navio encontrou forte temporal e foi a pique diante da ilha de Texel. Schliemann, muito maltratado, foi parar num hospital. Com a recomendação de um amigo da família foi para Amsterdam como auxiliar de escritório. E se não foi bem sucedido em suas aspirações de percorrer as vastidões geográficas, conseguiu contudo memoráveis conquistas no terreno do espírito.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Numa pobre água-furtada, sem aquecimento, começou a estudar novas línguas. Seguindo um método completamente incomum, por ele mesmo inventado, em dois anos aprendeu inglês, francês, holandês, espanhol, português e italiano.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">O mesmo êxito que tinha no estudo ele o tinha também comercialmente. É desnecessário dizer que nisso tinha sorte. Em 1850 estava na América do Norte. A anexação da Califórnia aos Estados Unidos deu-lhe automaticamente a cidadania norte-americana. Só em 1856 iniciou o estudo do grego moderno, do qual, ainda uma vez, ele se assenhorou em seis semanas. E em mais três meses dominou as dificuldades do hexâmetro homérico.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria"><img style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto" title="Heinrich Schliemann aos 38 anos" alt="Heinrich Schliemann aos 38 anos" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/af/%D0%A8%D0%BB%D0%B8%D0%BC%D0%B0%D0%BD_%D0%B2_38_%D0%BB%D0%B5%D1%82.jpg/466px-%D0%A8%D0%BB%D0%B8%D0%BC%D0%B0%D0%BD_%D0%B2_38_%D0%BB%D0%B5%D1%82.jpg" width="187" height="240" /></font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Escreve um dia: “O céu abençoara milagrosamente os meus empreendimentos comerciais, tanto que em fins de 1863 eu me achava de posse de uma fortuna a que a minha ambição jamais havia ousado aspirar”. E conclui: “Por isso – diz ele singelamente – retirei-me do comércio, para me dedicar exclusivamente aos estudos que maior encanto tem para mim.” Em 1868 partiu para Ítaca, pelo Peloponeso e a Tróada.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Isso não parece um conto de fadas? Um homem que obtivera o maior dos êxitos comerciais queimar atrás de si todos os navios do seu negócio para seguir o sonho da sua juventude? Um homem ousar desafiar o mundo científico, tendo na cabeça pouco mais do que Homero, opor sua fé à dúvida em Homero, desprezar a pena dos filólogos, para tirar a limpo com a pá o que até ali uma centena de livros havia perturbado?</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">No tempo de Schliemann, Homero era o cantor de um antigo mundo submerso. E acrescia mais isto: a Grécia da Ilíada devia ter sido um país de alta cultura. Mas ao tempo em que os gregos entravam na luz da nossa história datável eram conhecidos por nós como um povinho insignificante, que não se distinguia nem pelo fausto nem pelos seus palácios, nem pelo poderio dos reis, nem por armadas de mil navios. Com efeito, era mais fácil crer na inspiração poética do homem Homero do que supor que a uma civilização completa se seguisse a decadência da barbaria primitiva, sobrevindo depois novamente o auge da cultura helênica.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Mas não foram ponderações dessa natureza que conseguiram desviar de sua fé Heinrich Schliemann, o sonhador de mundos homéricos. <strong><u>Ele lia Homero como se fosse a mais pura realidade</u></strong>. <strong>Quando examinava a descrição do escudo gorgônico de Agamemnon, quando lia sobre a correia do escudo, que tinha a forma de uma cobra tricéfala, sobre os carros de combate, sobre armas e instrumentos, descritos com todos os detalhes, não duvidava de que tinha na sua frente a descrição de uma realidade helênica. Todos aqueles heróis: Aquiles e Pátroclo, Heitor e Eneias, seus feitos suas amizades, seu ódio e seu amor seriam inventados? Ele cria na sua existência individual. E comungava nessa fé com toda a Antiguidade grega e com os grandes historiadores Heródoto e Tucídides, que sempre haviam considerado a Guerra de Troia um acontecimento real, e todos seus participantes, personagens históricas</strong>.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Com essa fé, aos 46 anos o milionário partiu não para a Grécia moderna, mas diretamente para o reino dos aqueus. E não havia de confirmá-lo o entusiasmo o fato de, ao primeiro encontro com um ferrador de cavalos de Ítaca, este lhe apresentar sua mulher com o nome de Penélope e seus filhos como a Odisseu e Telêmaco?</font></p> <hr /> <p><strong><font size="3"><a href="http://delemon.blogspot.com.br/2012/04/crenca-em-troia-parte-ii.html" target="_blank">Leia a Parte II ></a></font></strong></p> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-16544689438227594192012-04-07T00:50:00.004-03:002012-04-07T00:57:19.522-03:00A Crença em Troia – Parte II<p align="justify"><font size="2">O escrito que se segue é uma condensação efetuada por mim de trecho do livro <strong>Deuses, Túmulos e Sábios</strong> de C. W. Ceram (no caso, retirados da 8ª edição brasileira, de 1959 [p. 42-46]), da Editora Melhoramentos (o livro ainda é editado e pode ser encontrado nas livrarias). Trechos em negrito ou grifados são meus.</font></p> <hr /> <p align="center"><img title="Heinrich Schliemann" alt="Heinrich Schliemann" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/15/Heinrich_Schliemann.jpg/421px-Heinrich_Schliemann.jpg" width="168" height="240" /></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">A maioria dos sábios contemporâneos designava como possível sítio onde Troia poderia ter ficado – se ela teria existido algum dia – a aldeola de Bunarbashi, a qual se distinguia apenas pelo fato de ostentar (o que ainda hoje acontece) em cima de cada uma de suas casas até uma dúzia de ninhos de cegonha. Havia naquele lugar duas fontes que levavam os arqueólogos arrojados à opinião de que bem poderia ter sido ali a velha Troia.</font></p> <blockquote> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">E alcançaram as duas fontes de belas águas borbulhantes, <br />De onde parte, de dupla nascente, o Escamandro vertiginoso. <br />Uma corre sempre quente, e do fundo dela <br />Sobem nuvens de fumo como de uma fornalha; <br />Mas a outra, mesmo no verão corre fria como granizo, <br />Ou como a neve de inverno e como gélidos blocos de gelo.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Ilíada, XXII, 147-152 </font><sup>[<a href="#nota-Troia-1" name="ref-Troia-1">1</a>]</sup></p> </blockquote> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Esse primeiro olhar, entretanto já lhe mostrou que aquele lugar, a uma distância de três horas do litoral, não podia ter sido o sítio de Troia, visto que os herois de Homero eram capazes de correr, várias vezes por dia, dos seus navios até o castelo. E naquela colina poderia ter-se erguido o castelo de Príamo, com sessenta e duas dependências, muralhas ciclópicas e o caminho da porta pela qual o cavalo de madeira do astucioso Ulisses teria sido levado para dentro da cidade?</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Schliemann inspecionou as fontes e abanou a cabeça. Num espaço de 500 metros não contou duas (como declarou Homero), mas 34 [fontes]. <strong>Ele, que tomava Homero ao pé da letra</strong>, como os antigos teólogos da Bíblia, puxou do seu termômetro de bolso, examinou uma por uma das 34 fontes, e encontrou em todas a mesma temperatura de 17,5 °C.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">E foi mais longe ainda. Abriu a Ilíada e leu os versos do medonho combate de Aquiles e Heitor. Leu como Heitor fugiu diante do “valente corredor”, e assim “três vezes deram a volta à fortaleza de Príamo”, “e todos os deuses olhavam”. Schliemann percorreu o caminho descrito. Encontrou um declive, tão escarpado que se viu forçado a descê-lo de quatro, em marcha à ré. <strong>Isso confirmou-o na convicção de que Homero, cujas descrições de terreno ele aceitava como topografia militar</strong>, nunca podia ter pensado em fazer descer seus herois três vezes aquele declive “em apressada corrida”.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Havia, porém, sinais em outro sítio. Já se mostravam ao olhar superficialmente examinador entre as ruínas de Nova Ílion, hoje Hissarlik, que significa “palácio”, duas horas e meia ao norte de Bunarbashi, distante apenas uma hora da costa. Mas que dizer aqui das fontes de Homero, razão fundamental da teoria de Bunarbashi? Só uma rápida incerteza acometeu Schliemann quando lhe ocorreu aí justamente o contrário do que lhe ocorrera em Burnabashi, isto é, quando não achou fonte alguma, ao passo que lá encontrara 34. A observação de Calvert ajudou-o: num breve período de tempo haviam desaparecido e reaparecido várias fontes quentes naquele solo vulcânico. E com uma observação de passagem ele liquidou o que até então parecera tão importante aos acadêmicos, e o que lá lhe servira de refutação servia-lhe ali de prova. A perseguição de Heitor por Aquiles já não tinha nada de improvável se tivera lugar ali onde os declives da colina se alargavam suavemente. Eles teriam de percorrer 15 Km para dar volta à cidade três vezes, e isso, segundo experiência própria, não lhe pareceu demais para guerreiros estimulados pelo ardor de um duelo cheio de ódio.</font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">E então, como um possesso, Schliemann pôs mãos à obra. Em 1869 ele havia casado com uma grega, Sofia Engastromenos. Em 1871 cavou durante dois meses e, nos dois anos seguintes, quatro meses e meio por ano. Tinha 100 operários à sua disposição. Trabalhava sem descanso e nada o detinha; nem a febre; nem a falta de boa água; nem as impertinências dos trabalhadores; nem a lentidão das autoridades e a incompreensão dos cientistas do mundo inteiro, que lhe chamavam tolo e coisas piores.</font></p> <p align="center"><img title="Sofia Schliemann" alt="Sofia Schliemann" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/5/52/Sophia_schliemann_treasure.jpg/400px-Sophia_schliemann_treasure.jpg" width="160" height="240" /><font size="3" face="Cambria"><font face="Arial"></font> <br /><font color="#ffff00" size="1" face="Arial">Sofia Schliemann usando joias “surrupiadas” da escavação</font></font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria">Escavando, encontrou armas e utensílios domésticos, ornamentos e vasos, provas evidentes de que ali existira uma cidade opulenta. Mas achou também alguma coisa mais, e pela primeira vez o nome de Heinrich Schliemann correu o mundo: sobre as ruínas de nova Ílion achou outras ruínas e, por baixo dessas, mais outras. A colina parecia imensa cebola que era preciso desfolhar camada por camada. E cada uma dessas camadas parecia ter sido habitada em tempos diversíssimos. Eram nove cidades, nove visões de um mundo antiquíssimo do qual o mundo nada soubera e suspeitara!</font></p> <p align="justify"><strong><font size="3" face="Cambria">Era um triunfo para Heinrich Schliemann, mas também era o triunfo para Homero. O que até então valera como lenda e mito e fora atribuído à imaginação do poeta estava provado agora que existia.</font></strong></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria"></font></p> <hr /> <p align="justify"><font size="2">A vida de Henry Schliemann é ainda muito mais rica: escavou também Micenas e Tirinto. Enganou-se quanto à qual camada correspondia à Troia Homérica – o que só veio a saber ao final da vida. Faltam nessa condensação muitos dos detalhes de suas aventuras comerciais e seu aprendizado constante de novos idiomas. Faleceu em 26 de Dezembro de 1890, e foi <a href="http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Schliemann_grave.jpg" target="_blank">enterrado num mausoléu em formato de templo grego antigo</a>, num cemitério de Atenas. <br /></font></p> <p><font size="2"></font></p> <p><font size="2"></font></p> <p align="justify"><font size="3" face="Cambria"><img title="Notas" alt="Notas" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP6Nn-XTmV4ZtCA_E3j7xfQIQWYw89kljIWowKqzW_59X50ibPvqDJNFkDoPvzWoKiRC1RVGwFr4NpNnMkD-UH7j5aL7OUckUANGpNqbisKsCSWiKd2mHjgvF93LdUJoyJ3RC7mkIx252-/?imgmax=800" /></font></p> <p align="justify"><font size="1">[</font><a href="#ref-Troia-1" name="nota-Troia-1"><font size="1">1</font></a><font size="1">] – Os versos encontram-se assim no livro. Por curiosidade e por querer permitir uma "releitura” dos versos, deixo os mesmos segundo a tradução de Carlos Alberto Nunes:</font></p> <blockquote> <p align="justify"><font size="1">os mananciais cristalinos passaram, que as duas nascentes <br />perenemente alimentam do Xanto de vórtices túrbidos: <br />de uma, água quente deflui, de onde denso vapor se levanta <br />continuadamente, tal como se fogo vivaz a aquecesse, <br />enquanto da outra, até mesmo no ardor do verão, sempre escoa <br />água tão gélida quanto granizo ou cristais de alva neve.</font></p></blockquote> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-17124870496683706782011-12-03T01:13:00.001-02:002011-12-03T01:13:18.622-02:00Aos que se amam<p>Hölderlin (sob o pseudônimo <em>Hillmar</em>), 1799</p> <br /> <hr /> <br /> <table border="0" cellspacing="5" cellpadding="0" width="392" align="center"><tbody> <tr> <td width="380"><strong><a href="http://de.wikisource.org/wiki/Die_Liebenden"><font color="#cccccc" size="4" face="Georgia">Die Liebenden</font></a></strong></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="380"><font color="#cccccc"> </font></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="380"> <p><font color="#cccccc">Trennen wollten wir uns, wähnten es gut und klug; <br />Da wir's thaten, warum schröckt uns wie Mord die That? <br />          Ach, wir kennen uns wenig, <br />               Denn es waltet ein Gott in uns,</font></p> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="380"><font color="#cccccc"> </font></td> </tr> <tr> <td width="380" align="right"><span style="letter-spacing: 0.3em; left: 0.15em"><font color="#cccccc">Hillmar.</font></span></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="380"> </td> </tr> <tr></tr> <tr> <td valign="top" width="380"> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="380"><strong><font size="4" face="Georgia"><u>Os Amantes</u></font></strong></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="380"> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="380"> <p>Nós quisemos nos separar, pensando ser bom e sábio; <br />Uma vez que o fizemos, por que nos choca como assassínio, o ato? <br />         Ah, nos conhecemos pouco,  <br />               Pois um deus prevalece em nós,</p> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="380"> </td> </tr> <tr> <td width="380" align="right"><span style="letter-spacing: 0.3em; left: 0.15em">Hillmar.</span></td> </tr> </tbody></table> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-3551790525006781582011-12-01T06:16:00.001-02:002011-12-01T06:16:45.534-02:00Das Schreien<p>1767</p> <br /> <table border="0" cellspacing="5" cellpadding="0" width="555"><tbody> <tr> <td width="229" align="center"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/41/De_J_W_Goethe_Annette_Manuskript_096.jpg"><img style="background-image: none; border-right-width: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; padding-top: 0px" title="Das Schreyen" border="0" alt="" src="http://lh5.ggpht.com/-2Pyv5m3bGoU/Ttc37KVp1ZI/AAAAAAAAAQE/UAO8Bgkm01A/header11.png?imgmax=800" width="228" height="55" /></a></td> <td valign="top" width="20"> </td> <td width="284" align="center"><font size="6" face="Georgia">O Gritar</font></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="229" align="right"><font color="#cccccc">Goethe</font></td> <td valign="top" width="20"> </td> <td valign="top" width="284" align="right">Goethe</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="229"> </td> <td valign="top" width="20"> </td> <td valign="top" width="284"> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="229"><font color="#cccccc">nach dem Italiänischen</font></td> <td valign="top" width="20"> </td> <td valign="top" width="284">Ao italiano<sup><font size="1"><a href="#nota-schrei-1" name="ref-schrei-1">1</a></font></sup></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="229"> </td> <td valign="top" width="20"> </td> <td valign="top" width="284"> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="229"> <p><font color="#cccccc">Jüngst schlich ich meinem Mädgen nach, <br />Und ohne Hindernüß <br />Umfasst’ ich sie im Hayn; sie sprach: <br />Lass mich, ich schrey gewiß! <br />Da droht’ ich trozzig: Ha, ich will <br />Den tödten, der uns stöhrt. <br />Still, winkt sie lispelnd, Liebster still, <br />Damit dich niemand hört.</font></p> </td> <td valign="top" width="20"> </td> <td valign="top" width="284"> <p>Recentemente rastejei eu à minha donzela, <br />E sem impedimento <br />Levei-a ao bosque; disse ela: <br />”Deixe-me, eu grito certamente!” <br />Então desafiador ameacei: “Ha! Qualquer vivalma <br />Matarei caso nos perturbe.” <br />”Calma,” ela acenou ciciosa, “querido, calma, <br />Para que ninguém te escute.”</p> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="229"> </td> <td valign="top" width="20"> </td> <td valign="top" width="284"> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="229"> </td> <td valign="top" width="20"> </td> <td valign="top" width="284"><font size="1"><sup><a href="#ref-schrei-1" name="nota-schrei-1"><font color="#cccccc">1</font></a></sup><font color="#cccccc"> Quer dizer: [Em homenagem] à língua italiana</font></font></td> </tr> </tbody></table> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-50174695948060003632011-11-26T11:45:00.000-02:002011-11-26T11:45:00.183-02:00Gefunden<p align="justify">Goethe me tomou alguns dias – senti uma necessidade interior, espiritual de colocar essas exatas palavras para que você as visse. Não sou poeta, por isso deixo-o falar por mim, mesmo que eu tenha empobrecido as rimas do mestre e roubado certa simplicidade harmônica interna que transmite um “cotidiano” tão singelo, mas belo. Acredito que tive algum sucesso:</p> <table border="0" cellspacing="15" cellpadding="0" width="420" align="center"><tbody> <tr> <td width="160" align="center"><font color="#cccccc" size="5" face="Georgia"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2f/De_Goethe_Werke_LH_01_026.jpg" target="_blank"><span style="color: #cccccc"><strong>Gefunden</strong></span></a></font></td> <td valign="top" width="100"> </td> <td width="160" align="center"><font size="5" face="Georgia"><strong><u>Encontrada</u></strong></font></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="160" align="right"><font color="#cccccc">Goethe</font></td> <td valign="top" width="100"> </td> <td valign="top" width="160" align="right">Goethe</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="160"> <p><font color="#cccccc">Ich ging im Walde <br />So für mich hin, <br />Und nichts zu suchen, <br />Das war mein Sinn.</font></p> <p><font color="#cccccc">Im Schatten sah’ ich <br />Ein Blümchen stehn, <br />Wie Sterne leuchtend, <br />Wie Aeuglein schön.</font></p> <p><font color="#cccccc">Ich wollt’ es brechen, <br />Da sagt’ es fein: <br />Soll ich zum Welken <br />Gebrochen seyn?</font></p> <p><font color="#cccccc">Ich grub’s mit allen <br />Den Würzlein aus, <br />Zum Garten trug ich’s <br />Am hübschen Haus.</font></p> <p><font color="#cccccc">Und pflanzt’ es wieder <br />Am stillen Ort; <br />Nun zweigt es immer <br />Und blüht so fort.</font></p> </td> <td valign="top" width="100"> </td> <td valign="top" width="160"> <p>Andava na floresta <br />E sozinho eu ia, <br />A procurar por nada, <br />Tal foi minha sina.</p> <p>Na sombra eu vi <br />Uma flor sem tutela, <br />Como as estrelas brilhava, <br />Com’ olhos era bela.</p> <p>Arrancá-la eu procurei <br />E gentil veio a dizer: <br />“Colhida eu serei <br />Só para fenecer?”</p> <p>Todas suas raízes <br />Com cuidado escavei, <br />E para casa, no meu <br />belo jardim, a levei.</p> <p>Neste silencioso canto <br />Plantada foi novamente; <br />Lá ramifica tanto <br />Lá floresce eternamente.</p> </td> </tr> </tbody></table> <p align="justify"></p> <p align="justify">Dizem que foi escrito no dia 26 de Agosto de 1813, como homenagem de Goethe à sua mulher. O motivo foi o 25º aniversário do seu primeiro encontro, num parque de Weimar.</p> <p align="justify"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3f/Carl_Lieber_-_Christiane_und_August_in_Goethes_Hausgarten_-1793-.jpg"><img style="background-image: none; border-bottom: 0px; border-left: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px; padding-top: 0px" title="header" border="0" alt="Jardim da casa de Goethe Christiane Vulpius e August por Carl Lieber de acordo com um esboço de Goethe [1793]" src="http://lh3.ggpht.com/-0RPWivfQRvM/TslHFIuRt1I/AAAAAAAAAP8/gkDTspbD3vk/header%25255B6%25255D.png?imgmax=800" width="551" height="130" /></a></p> <p align="justify"> </p> <p align="justify">O motivo desta tradução pode também ser traçado a um 26 de Agosto; mas ela foi finalizada para 26 de Setembro. A 26 de Outubro cada letra de Goethe deveria ser lida novamente, sob nova luz: mais intensa, mais interna. E a retradução dos dois últimos versos foi útil para esse fim:</p> <div align="justify"> <blockquote style="width: 80%; height: 51px"> <p>Agora sempre dá ramos <br />Flores e assim por diante</p> </blockquote> </div> <p align="justify">Basta saber que raízes profundas, ramos cada vez mais altos e flores mais belas parecem despontar a 26 de Novembro. A 26 de Dezembro os frutos devem surgir como presentes aparecem nessa época do ano: como boas surpresas. A 26 de Janeiro e todas as datas, horas e segundos seguintes são uma incógnita; mas é uma variável de fortes raízes no passado: antevê-se um futuro frondoso! Que assim seja.</p> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-22221948653844268352011-11-20T17:53:00.001-02:002011-11-20T17:53:01.854-02:00Tanatose<table border="0" cellspacing="5" cellpadding="0" width="576"><tbody> <tr> <td width="287" align="center"><font color="#cccccc" size="5" face="Georgia"><strong><u><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d6/De_Goethe_Werke_LH_01_053.jpg"><span style="color: #cccccc">Scheintod</span></a></u></strong></font></td> <td width="272" align="center"><font size="5" face="Georgia"><strong><u>Morte Aparente</u></strong></font></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="287" align="right"><font color="#cccccc">Goethe    </font></td> <td valign="top" width="272" align="right">Goethe</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="287" align="right"> <p align="left"><font color="#cccccc">Weint, Mädchen, hier bei Amors Grabe; hier <br />Sank er von nichts, von ohngefähr danieder. <br />Doch ist er wirklich todt? Ich schwöre nicht dafür: <br />Ein Nichts, ein Ohngefähr erweckt ihn öfters wieder</font>.</p> </td> <td valign="top" width="272" align="right"> <p align="left">Chora, garota, aqui ao túmulo do Cupido; aqui <br />Ele afundou do nada, pelo acaso doente. <br />Mas está realmente morto? Sobre isso não juro: <br />Um nada, uma chance ressuscitou-lhe muitas <br />          vezes novamente.</p> </td> </tr> </tbody></table> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-89794717587051528632011-11-12T20:41:00.001-02:002011-11-12T22:32:44.519-02:00Um pouco de Blake<table>
<tbody>
<tr>
<th style="color: #cccccc;"><br /></th><th><h2>
</h2>
</th>
</tr>
<tr>
<td style="color: #cccccc;"><br /></td>
<td><br /></td>
</tr>
<tr>
<td style="color: #cccccc;">
<dl>
<dd>He who blinds to himself a Joy,</dd>
<dd>doth the winged life destroy; </dd>
<dd>But he who kisses the Joy as it flies,</dd>
<dd>lives in Eternity´s sunrise</dd>
</dl>
</td>
<td>
<dl>
<dd>Aquele que se cega ante uma Alegria,</dd>
<dd>destrói a alada vida fugidia;</dd>
<dd>Mas se beija a Alegria enquanto voando está,</dd>
<dd>Na aurora da Eternidade viverá.</dd>
</dl>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="color: #cccccc;"><div style="text-align: right;">
William Blake</div>
</td>
<td><div style="text-align: right;">
William Blake</div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: xx-small;">"Tradução livre" ao mesmo tempo minha e de <a href="http://william-infinito.blogspot.com/2010/12/pensamentos-soltos-blake.html" target="_blank">William Sversutti</a>.</span></div>Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-70428282605218706042011-09-27T00:23:00.000-03:002011-09-27T00:23:58.024-03:00Lembra-te<table>
<tbody>
<tr>
<th style="color: #cccccc;"><h2>
<span class="mw-headline" id="Erinnerung"><b>Erinnerung</b></span></h2>
</th>
<th><h2>
<span class="mw-headline" id="Memento"><b>Memento</b></span></h2>
</th>
</tr>
<tr>
<td style="color: #cccccc;"><div style="text-align: right;">
Goethe</div>
</td>
<td><div style="text-align: right;">
Goethe</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="color: #cccccc;"></td>
<td></td>
</tr>
<tr>
<td style="color: #cccccc;">
<dl>
<dd>Willst du immer weiter schweifen?</dd>
<dd>Sieh, das Gute liegt so nah.</dd>
<dd>Lerne nur das Glück ergreifen,</dd>
<dd>Denn das Glück ist immer da.</dd>
</dl>
</td>
<td>
<dl>
<dd>Para sempre você quer vagar?</dd>
<dd>Veja, o bem tão perto está!</dd>
<dd>Aprende só, à felicidade se jogar,</dd>
<dd>Pois a felicidade encontra-se sempre lá</dd>
</dl>
</td>
</tr>
</tbody></table>
Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-87633453739228526382010-10-23T01:19:00.001-02:002010-10-23T01:20:05.386-02:00Estado laico sim, Estado e Civilização laica jamais!<p align="center"><font color="#0080ff" size="5" face="Monotype Corsiva">Do Imaginário de massa</font></p> <p align="justify">A verdade só assim é estabelecida quando representa a realidade – ou em outras palavras – a verdade é a forma da linguagem humana em que se exprime o real. Muitos conceitos do imaginário brasileiro encontram-se tão ferreamente fixos e em sintonia ao redor do país que podem ser coadunados num senso comum tão unívoco que sua quase materialidade o leva a valer como verdade estabelecida. Quando essa verdade se apresenta como uma conclusão que prescinde de suas premissas, então temos uma situação característica do senso comum – e muito perigosa, diga-se por sinal. Só há pouco tempo alcancei abertura intelectual suficiente para notar que o perigoso nesse senso comum brasileiro não é o caráter “comum” desses julgamentos, mas sua crescente uniformidade.</p> <p align="center"><a href="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/TMJUUJt3q0I/AAAAAAAAAOg/bicPHrslDgo/s1600-h/Verdadedivina8.png"><img style="border-right-width: 0px; display: block; float: none; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; margin-left: auto; border-left-width: 0px; margin-right: auto" title="Verdade divina" border="0" alt="Verdade divina" src="http://lh3.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/TMJUVfRvd-I/AAAAAAAAAOk/s95giHbA5Hs/Verdadedivina_thumb6.png?imgmax=800" width="500" height="80" /></a><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.pt" target="_blank"><font color="#808080" size="1">CC-BY-SA 3.0</font></a><font color="#808080" size="1"> <strong>Érick Delemon & <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/User:Martinultima"><font color="#808080" size="1">Martinultima</font></a>.</strong> (Based on </font><a href="http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Answer_to_Life.png" target="_blank"><em><font color="#808080" size="1">Answer to Life</font></em></a><font color="#808080" size="1">)</font> <br /><font color="#ff6600" size="3" face="Calibri">A verdade se expressa com autoridade divina</font></p> <p align="justify">Há muito planejo escrever este texto, e as discussões recentes sobre aborto quando da disputa eleitoral para presidente, são um reforço para as observações do fenômeno. Vamos então.</p> <p align="center"><font color="#0080ff" size="5" face="Monotype Corsiva">Do caráter laico</font></p> <p align="justify">Pois bem que lembro-me de quando algum vereador local desejava inscrever na bandeira municipal algum inscrito que citasse Deus. Ao que logo eu disse: “mas é loucura, o Estado deve ser laico!” Hoje vejo o quão infectado pelo duplipensar eu estava; uma confusão dos diabos. Claro que se tratava simplesmente de um caso de <a href="http://www.youtube.com/watch?v=bg6CTwVwsss" target="_blank">ignorância enciclopédica</a>. Tivesse ficado restrito à minha pessoa ou jovens revoltadinhos no país não haveriam tantos problemas… agora, quando essa ignorância patológica causada pelo vírus da doutrinação política de massa alcança os <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u604744.shtml" target="_blank">postos do Ministério Público</a>, então estamos todos em perigo. O alegado foi:</p> <blockquote> <p align="justify"><a name="discr"></a>Quando o Estado ostenta um símbolo religioso de uma determinada religião em uma repartição pública está discriminado todas as demais ou mesmo quem não tem religião afrontando o que diz a Constituição</p> </blockquote> <p align="justify">Mas olha só se não é o <a href="http://delemon.blogspot.com/2009/06/republicacao-politicamente-correto.html" target="_blank">monstro do politicamente correto</a> atacando de novo! Confundir a presença da religião nas instituições políticas com o poder religiosamente outorgado só pode ser fruto duma alma infectado pela novilíngua politicamente correta. Atribuir à laicidade as características de inexistência de símbolos formadores da cultura do país é lhe forçar o aspecto ateístico nessas instituições.</p> <p align="justify">Ora, obviamente o Estado laico foi o primeiro a garantir a tolerância a todos os símbolos e expressões religiosas – jamais a sua inexistência no corpo político. Afinal o corpo político só pode responder por um povo como seu representante se ele minimamente <a href="http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=44924&cat=Artigos&vinda=S" target="_blank">plasmar</a> os símbolos criados por aquela cultura. Do contrário nenhuma monarquia, império ou república teria sequer surgido na história da humanidade, pois elas se alimentaram dos símbolos criados pelos seus povos – somente existiriam os totalitarismos que visam afirmação inicial e criam seus símbolos <em>ad hoc constitutum</em>.</p> <p align="justify">Em suma, desejam mostrar que a <u>religião</u> não pode influenciar as instituições. Mas o laicismo defende que as <u>igrejas (e cultos)</u> se abstenham de meter o bedelho na política. Ou seja, o Estado laico somente deve impedir um embate de forças entre instituições, enquanto que a religião (em sentido amplo) não é uma instituição – mesmo que seja librada em uma. <strong><u>Afinal, impedir a religião influencie nas instituições é uma impossibilidade material!</u></strong> Afinal, se alguém quiser votar num candidato <em><font size="3" face="Cambria">x</font></em> só por que ele afirmou se mostra como um proeminente defensor da religião <em><font size="3" face="Cambria">y</font></em> não haverá nada legalmente (moral, etica e politicamente) errado nisso. <strong>E se o senhor <em><font size="3" face="Cambria">x</font></em> apresenta um projeto de lei que pareça correto ante seus eleitores justamente por que deseja colocar/mudar uma prática na sociedade que sua religião entende como danosa ou saudável para o povo, também não há absolutamente NADA DE SE REPROVAR enquanto a vida religiosa é TAMBÉM matéria do campo político</strong>. Os senhores eleitos na política nacional são mostra da história e dos anseios da maioria que os escolheu para representá-la; com os símbolos religiosos se dá o mesmo: estão lá como mostra da história e dos anseios de representação dos membros da nação.</p> <p align="justify">O próprio uso da palavra “discriminado” na <a href="discr">colocação</a> do procurador mostra em que nível do  subconsciente a novilíngua politicamente correta já penetrou. Não é culpa dele (na verdade  também, mas finjamos que ele está incólume sob a massa de falantes). Sob essa <a href="http://www.olavodecarvalho.org/semana/101021dc.html" target="_blank">massa tagarelante</a>, muito inteligentes, mas <a href="http://www.olavodecarvalho.org/livros/imbecil.htm" target="_blank">coletivamente imbecis</a>, realizam um movimento de revolução da língua à lá 1984: antes, distinguir e diferenciar eram os sinônimos de discriminação. Hoje – na melhor das hipóteses – são eufemismos; pois sinônimo de discriminar agora é <em>ação ou omissão violadora do direito das pessoas com base em critérios injustificados e injustos tais como: raça, sexo, idade, crença, opção religiosa, nacionalidade, etc…</em><sup>[<a href="http://www.ocarete.org.br/biblioteca/glossario/">ocareté</a>]</sup> Simples assim!</p> <p align="justify">A inversão vernacular começou na Constituição da República, lá grudou e passou pra linguagem cotidiana – justo quando o Brasil deveria dar o exemplo contrário. Agora toda gente dize que não discrimina os outros. Ahh, pena que na minha cabeça conservadora eu entenda – ainda teimosamente – que toda essa gente quis dizer que não consegue distinguir um ser humano do outro. Errado sou eu que leio denotações em textos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Texto#Textos_Liter.C3.A1rios_e_n.C3.A3o_Liter.C3.A1rios" target="_blank">não-literários</a>! Que pecado comete esse liberal (no sentido <font color="#c0c0c0">[oh!]</font> do dicionário).</p> <p align="justify"> </p> <p align="center"><font color="#0080ff" size="5" face="Monotype Corsiva">Do caráter ateu</font></p> <p align="justify">Pior é o meu espírito reacionário que <strong>não consegue entender o ateísmo como uma não-crença</strong>, mas uma <a href="http://www.padrepauloricardo.org/site/?p=535" target="_blank"><strong>crença em coisa outra que não Deus</strong></a>. Analisando friamente, a exigência de esteios científicos da matéria religiosa é uma hipocrisia, visto que <a href="http://www.youtube.com/watch?v=0_TLzIR2ptM" target="_blank">a matéria científica é tão ou mais necessitada de uma crença quanto qualquer fé religiosa</a> – afinal a ciência é baseada numa combinação de experimentos indutivos analisados sob perspectivas lógicas. Uma matéria (a Lógica) que não pode ser explicada pela ciência, somente precisa ser aceita, credulamente como o meio mais seguro pra se chegar a uma verdade.</p> <p align="justify">E hoje, tendo estudado um pouquinho de Hume, vê-se precisamente isso pelo seu empirismo radical: Admite que a ciência é o melhor método de conhecer qualquer coisa. Mas essa própria afirmação não pode ser provada pelo método científico! E qualquer coisa que não esteja sob a compreensão da ciência não é portanto objeto possível de qualquer investigação. Que fetiche de método. Ou se é um crente na ciência e (livre-se Deus) na <em>vox populi</em> – no homem – ou se é um crente em Deus.</p> <p align="justify">O ateísmo é afinal uma crença que comunga gente que crê na ciência ou na razão humana; ou gente que – tentando explicar a origem, o tempo e o espaço – apela para auto afirmação: o universo teria surgido sozinho, <strong>do nada</strong>! Outros, que não querem ir por esse caminho e levar uma cacetada de 5 mil anos de Parmênides, creêm ou supõem tudo quanto é tipo de força criadora e outros deuses surgem em cena. Quando tentam raciocinar ad absurdum para mostrar a impossibilidade de um Deus, já erram no início ao especular sobre um serzão. </p> <p align="justify">Seu erro, obviamente, é tomar Deus pelas medidas de si próprios: os critérios de omnisciência, omnipotência, omnipresença e eternidade são tomados como mero superdimensionamento de suas próprias capacidades demasiado humanas. Faltando ainda do aspecto cristão do Deus-amor, o resultado só poderia ser um deus tão materialista quanto eles próprios: um <a href="http://godisnotelsewhere.blogspot.com/2009/03/watchmen-re-visited.html" target="_blank">Dr. Manhattan</a> que poderia nos abandonar por Marte a qualquer instante.</p> <p align="justify">Novamente, retorno a Hume. Quando ele diz que seu método é o melhor, mas não consegue provar isso pelo próprio método, ou se acredita nele, ou você não brinca! Se concorda com essas premissas, você logo entenderá o sistema dele como uma perfeito construto filosófico. Até porque ele mostra que Deus, é, como disse no parágrafo anterior, somente uma ampliação das ideias de presença, poder, bondade, e duração; uma ideia complexa, que pode ser composta em ideias simples, e traçadas às suas correspondentes impressões. Nada mais.</p> <p align="justify"> </p> <p align="justify">Pois bem, voltando ao caso do ministério público: por ainda existir alguém com inteligência e honestidade suficiente na Justiça, os <a href="http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/JUSTICA+MANTEM+SIMBOLOS+RELIGIOSOS+EM+REPARTICOES+PUBLICAS+DE+SAO+PAULO_65337.shtml">símbolos foram mantidos</a>. Finalizemos! Quando digo: Estado e Civilização laica jamais! Estou justamente falando para aqueles que querem que os atuais candidatos à presidência parem de discutir a questão do aborto: ELES NÃO PODEM PARAR, é a primeira vez desde a chamada (por motivos desconhecidos) de redemocratização em que uma eleição se faz por motivos não ideológicos, por motivos que tocam o dever-ser para a concepção do brasileiro.</p> <p align="justify">É nesse momento que se vê a verdadeira vontade do povo de definir como será o Estado em que viverá! Claro que os presidenciáveis não podem só falar disso. Mas abster-se do assunto é justamente <strong>não fazer política</strong> e fazer administração pura e simplesmente (ao contrário do que pensam os imbecis coletivo). Administração por administração eu voto em algum empresário com visão bem prática dos problemas e pronto. Mas política, voto naquele com melhor posição no debate de visão do país, de projetos a longo prazo, de mudanças que se realizadas não podem ser revertidas: isso pesa.</p> <p align="justify">De modo que: achar que não se deve discutir o aborto nas eleições é burrice pura. Porque faz parte do cotidiano do brasileiro tanto quanto transporte, educação e saúde. Porque o Estado pode até ser laico, mas o povo não o é, e o dia que for, não haverá civilização! Não haverão símbolos nem cultura a que se referir, reproduzir ou mesmo gerar: só um bando de gente que vive para o hoje e sobrevive apesar dos outros. Qualquer semelhança com o materialismo (vulgar e filosófico) dos dias correntes, <strong>não é mera coincidência</strong>!</p> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-24918948432347405512010-05-01T13:15:00.000-03:002010-05-01T13:15:00.364-03:00Com Brasil na censura, não há quem possa<p align="justify">Tenho o desprazer de informar que os compatriotas vivem numa das nações livres mais censuradas do mundo! Contradição em termos? Claro! Mas é esse o caso! A recente ferramenta do Google, <a title="Requerimentos de Governo direcionados a Google e YouTube" href="http://www.google.com/governmentrequests/" target="_blank">Google Government Requests</a>, mostra a quantidade de pedidos governamentais de retirada de serviços ou fornecimento de informações sobre usuários dos serviços e produtos Google. Essa ferramenta nos mostra porque essa contradição em termos explica o Brasil: é o país com maior quantidade de pedidos governamentais. Esses pedidos expressam decisões judiciais e pedidos diretos de agências governamentais; de modo que podemos supor que as decisões judiciais se incubem do cumprimento da lei e/ou disputa entre partes privadas e consequentemente os demais pedidos são ou bisbilhotagem seguida (ou não) de deleção de conteúdo por ordem governamental, esta última compondo a direta relação de ação de censura na rede.</p> <p align="justify">Claro que a China deve liderar a quantidade de pedidos de informações de usuários e bloqueio de conteúdos, mas a própria <a title="Google China redireciona para Hong Kong - Por enquanto..." href="http://googlediscovery.com/2010/03/22/google-china-redireciona-servicos-para-hong-kong/" target="_blank">forma de funcionamento do Google lá</a> já dificulta o lastreamento do que é pedido judicial e o que é pedido governamental – além de considerar esses dados sobre censura como segredos de Estado. É o que acontece numa sociedade comunista: retoricamente justifica (futuro) o desaparecimento do Estado com sua hipertrofiação, de modo a incluir o poder judiciário sob o mando executivo. Motivo pelo qual os dados chineses são apresentados por uma interrogação.</p> <p align="justify"><a title="Clique para easter egg" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6lQwSEIST3IujEyziHkmyybhiZxAiVBLFOvb-7FsHKF9OTFJb9tBkw4aItHYPgC1SLEAPHrqDxRK4CxFBI2ezzLx389cHo1CwHO4Svicde_yJUQldyGWmbP95W_T482qtwUn2phMnRcM/s1600/header+forus_original.png"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="header forus_fake_face" border="0" alt="header forus_fake_face" src="http://lh5.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/S9oUicGpzgI/AAAAAAAAAJI/KQ825EbVHIQ/header%20forus_fake_face%5B7%5D.png?imgmax=800" width="530" height="158" /></a> </p> <p align="justify">Acima mencionei bisbilhotagem e deleção de conteúdo. O Google afirma trabalhar numa outra ferramenta para mostrar os bloqueios e pedidos de bloqueios por parte dos governos e suas agências no mundo. Enquanto isso, para melhor entendimento da ferramenta de requerimentos, <a title="Perguntas Frequentemente Perguntadas do Google & YouTube Government Requests" href="http://www.google.com.br/governmentrequests/faq.html" target="_blank">há que se salientar algumas coisas</a>: </p> <ol> <li> <div align="justify"><font color="#ffffff">Os dados só são relativos ao período que vai de 1 de Julho de 2009 a 31 de Dezembro de 2009, ou seja <u>6 meses</u>.</font></div> </li> <li> <div align="justify"><font color="#ffffff"><strong>Há limites para o que esses dados querem dizer:</strong> afinal um único requerimento do governo (ou da justiça) <strong>pode</strong> pedir informações de <u>mais de um</u> usuário ou remoção de <u>mais de um</u> nicho de conteúdo (como vários vídeos do YouTube).</font></div> </li> </ol> <p align="justify">Sabendo disso, não podemos simplesmente falar que o Brasil tem mais pedidos e é simplesmente o país mais censurado da Internet. Temos que fazer algumas <a href="http://www.google.com.br/governmentrequests/overview.html" target="_blank">observações gerais</a>, que o próprio Google se deu o trabalho de fazer; mas que trarei conforme prosseguem as análises dos dados.</p> <p align="justify">Vamos então aos dados dos EUA! Segundo a ferramenta da empresa, os EUA contam com <strong>3580</strong> pedidos de dados (informações sobre usuários) – um número altíssimo que só perde (por pouco) do Brasil. No entanto, tem poucos pedidos de remoção de conteúdo: retirando a ordens judiciais (por motivo que já expliquei acima), temos <strong>79</strong> pedidos. Olhando a situação dos EUA atualmente, temos a impressão de que esses dados confirmam certo <a href="http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=114195" target="_blank">modo de estar norte-americano:</a> os serviços de Inteligência estão precisando manter grande quantidade de informações sobre as pessoas. Mas esse <a href="http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=115541" target="_blank">governo bisbilhoteiro</a> não precisa tanto remover conteúdo – <strong><u><a href="http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=123991" target="_blank">por enquanto</a></u></strong>, um motivo que pode explicar isso é a presença de <a href="http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=123071" target="_blank">bloggers <em>sock-puppets</em></a>, leia-se “infiltrados”: melhor converter a oposição ou fazê-la midiaticamente insignificante do que removê-la bruscamente.</p> <p align="justify">Vamos à Inglaterra, que está num caso similar aos EUA. Muitos pedidos de dados sobre usuários: <strong>1166</strong>, mas <strong>49</strong> requerimentos para remoção de conteúdo (excluindo-se as ordens judiciais). Notando o caso atual da <a href="http://news.sky.com/skynews/Home/Technology/Controversial-Digital-Economy-Bill-To-Stop-Illegal-Downloads-Passed-As-Critics-Worry-Over-Censorship/Article/201004215597361?lpos=Technology_Third_Technology_Article_Teaser_Region__2&lid=ARTICLE_15597361_Controversial_Digital_Economy_Bill_To_Stop_Illegal_Downloads_Passed_As_Critics_Worry_Over_Censorship" target="_blank">regulação da Internet na Inglaterra</a>, me parece natural que dessas 49 remoções desejadas, 43 sejam relativos ao YouTube. O que faz com que o caso do Reino Unido seja – como no caso dos EUA – de importância, mas ainda não alarmante.</p> <p align="justify">Vamos a Alemanha. Apresenta um caso curioso, e diferente dos EUA e Inglaterra: enquanto estes tinham altos índices de pedidos de dados, haviam poucos de remoção de conteúdo. Na Alemanha há (relativo aos anteriores) pouquíssimos pedidos de dados de usuários: <strong>458</strong>, mas muita remoção de conteúdo: seriam <strong>188</strong>, perdendo só para os 291 do Brasil; mas quando levado em conta os pedidos judiciais, os 188 caem para <strong>79</strong> como os EUA. Essa estrutura diferente do Alemanha se deve ao fato de que 11% das remoções se devem à violação das leis de proibição de conteúdo pró-Nazista e negação do holocausto – conforme o próprio google <a href="http://www.google.com.br/governmentrequests/overview.html" target="_blank">diz</a>.</p> <p align="justify">A Índia, outro país que chama a atenção, está em quarto em pedidos de dados: <strong>1061</strong>, e em terceiro nas remoções de conteúdo: <strong>141</strong>, excluída a única demanda judicial. O google afirma que os números altos de remoção de conteúdo de Brasil e Índia se devem à popularidade do Orkut, no qual removem casos alegados de <em>fakes</em> e de difamação. Realmente, retirando os 119 casos orkutianos da estatística indiana, os 141 caem para <strong>22</strong> casos.</p> <p align="justify">Agora o que interessa: o Brasil lidera o ranking de pedidos de dados de usuários: foram <strong>3663</strong> em seis meses; e <strong>126</strong> pedidos de remoção (retirando-se, como sempre as ordens judiciais), retirando o igual número indiano de 119 casos orkutianos, ficamos com <strong>7</strong>.</p> <p align="justify">Podemos inferir dos dados que: o Brasil não exerce mais censura (remoção de conteúdo) na Internet do que Índia, mas exerce muito mais do que Alemanha, Inglaterra e: EUA, um país que está em guerra e deve ter a maior quantidade de anti-americanos reunidas sob o mesmo solo depois do Oriente Médio, em que se pese a condição de maior quantidade de conteúdo e usuários sob os serviços Google. Também vemos que é um governo mais ‘bisbilhoteiro’ que os próprios EUA!</p> <p align="justify">Essa ferramenta da empresa de Mountain View nos dá uma imagem do que ela enfrenta diariamente com os governos, mas ainda com panos quentes. Afirma que a quantidade de pedidos para retirada de conteúdo com discurso político formaram pequeno percentual ao longo dos anos; mas que foram justamente esses casos que mais geraram debates entre o requeredor e a empresa. Digo panos quentes porque uma empresa das dimensões que falamos já deve ter percebido que o <a href="http://www.wnd.com/index.php/index.php?pageId=127288" target="_blank">futuro da liberdade na Internet</a> é ameaçado constantemente, dia a dia. Sou levado a crer que, embora essas ações possam pareçam pontuais, possuem pontos em comum em seus objetivos que a teoria das probabilidades não as colocaria como tal movimento mundial coeso quanto a fins nem em um milhão de anos.</p> <p align="justify">Google tomou um passo para evitar a censura da internet, mas tenho que ser responsável em dizer que mesmo afirmando que o governo brasileiro é mais bisbilhoteiro e censura mais do que os demais, isso não pode ser deduzido dos números que gastei tantos parágrafos trabalhando. A Censura está ali, o controle dos dados dos usuários também estão ali – naqueles números. Mas a saber quantos são, é difícil, os números que joguei ali, comparei, reduzi casos judiciais são só uma tentativa de mostrar o que pode ser matéria de censura, mas não o que é. Isso não poderemos aferir de uma ferramenta não-compreensiva como o Government Requests jamais.</p> <p align="justify">É hora de voltar o título deste texto! Há quem possa <strong><u>sim</u></strong> com o Brasil na censura, Cuba, China e Coréia do Norte que o digam; mas não são sociedades livres!. Embora às vezes eu acredite que a Rússia esteja rivalizando com o Brasil de perto, <a title="A URSS acabou nos papéis... e só neles" href="http://www.olavodecarvalho.org/semana/06062002jt.htm" target="_blank">por motivos óbvios</a>. Mas com essa ressalva, talvez, posso dizer que com o Brasil ninguém possa porque nenhum governo se saiu melhor do que o do Lula em <a href="http://www.estadao.com.br/pages/especiais/sobcensura/" target="_blank">calar</a> os comentários políticos e, fazer a melhor política possível: <a href="http://www.olavodecarvalho.org/textos/desinformacao.htm" target="_blank">censura e desinformação</a>!</p> <p align="justify">Esse governo se mostrou mais eficiente que seus inimigos de 64: sem nenhum medo de parecer presunçoso, <a title="Lula aconselha Casoy a não repetir certas coisas..." href="http://www.youtube.com/watch?v=HsTMp3mGDLg" target="_blank">aconselha o que a mídia deve dizer</a>. Ou então, <em>mafia style</em>, manda “recados”:</p> <p> </p> <center><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/9oDw1L6i0E0&hl=pt_BR&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/9oDw1L6i0E0&hl=pt_BR&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></center> <p align="justify"> </p> <p align="justify">Bem compreendo que o <a href="http://www.youtube.com/watch?v=-25wGS_9Xb4" target="_blank">filho do Nelson Piquet</a> só veja o pai xingando em ocasiões determinadas: é porque <a href="http://www.vanguardapopular.com.br/portal/noticias/144-manual-pratico-do-pt" target="_blank">são esses fanfarrões que nos levam rumo ao futuro</a>, <a title="A bandeira do futuro Estado Popular Mundial" href="http://www.vanguardapopular.com.br/portal/images/stories/epm/estado_popular_mundial.png" target="_blank">e sempre em direção a ele</a>!</p> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-34743408374083432172010-01-12T12:31:00.001-02:002010-01-12T14:49:32.620-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização<p align="justify">A <a href="http://www.padrepauloricardo.org/site/?p=397" target="_blank">situação atual da Igreja Católica</a> é difícil: no meio dos ataques ateístas mais despropositados, de uma briga entre ciência e religião que jamais ocorreu, ainda passando pelo estabelecimento dos dogmas para manter um corpo milenar de tradição e recebendo críticas justamente por querer se manter coesa com sua própria história e chegando às <a href="http://noticiasprofamilia.blogspot.com/2009/12/ministerio-publico-da-inglaterra-podera.html" target="_blank">imposições secularistas</a>(!) numa instituição que não se pauta pelo Estado Moderno (<em>Dio santi!<strong> </strong></em><strong>É anterior a ele</strong>), ela ainda conta com diversos pilares que se veem erodidos por dentro: <a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2009/december/documents/hf_ben-xvi_spe_20091205_ad-limina-brasile_po.html" target="_blank">doutrinas humanas se misturando à Palavra</a>, <a href="http://www.montfort.org.br/veritas/goodbye.html" target="_blank">degradação interna premeditada</a>, além do ridículo debate em torno da camisinha e <a href="http://ericksonoliveira.blogspot.com/2006/09/absurdo-publicado-pela-clia-chaim-isto.html" target="_blank">imputações das mais confusas e absurdas</a>. Quando vejo a palavra “males” no discurso de alguém já fico com papel higiênico na mão, esperando a merda sair… parece que 90% das vezes que alguém tenta estabelecer as “causas” ou “propulsores” dos males modernos vale o <em>blame America first</em>, e quando essa <a href="http://www.nivaldocordeiro.net/obsessaoantiamericana.htm" target="_blank">obsessão antiamericana</a> não se aplica, então pega-se qualquer porrete pra cima da Igreja Católica – como se não fosse pouco, aproveitam pra pegar toda a cristandade evangélica de tabela; resultado: são <a href="http://noticiasprofamilia.blogspot.com/2009/12/jimmy-carter-afirma-que-catolicos-e.html" target="_blank">culpados de TODOS os crimes</a>.</p> <p align="justify"><a href="http://lh4.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/S0f291lRoLI/AAAAAAAAAH0/RruKcHWpomA/s1600-h/catolicismo%20topic%5B7%5D.png"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="Igreja Católica Apostólica Romana e a Construção da Civilização Ocidental mediante a Moral, o Direito, a Filosofia e as Artes e as Ciências" border="0" alt="Igreja Católica Apostólica Romana e a Construção da Civilização Ocidental mediante a Moral, o Direito, a Filosofia e as Artes e as Ciências" src="http://lh3.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/S0f2_uIR66I/AAAAAAAAAH4/wOtTQB1WMyg/catolicismo%20topic_thumb%5B4%5D.png?imgmax=800" width="530" height="130" /></a> </p> <p align="justify">No semestre que se fechou fiz um trabalho sobre Usura na disciplina de História Medieval. O tema é razoavelmente delicado e complexo. Numa exposição descuidada e, – devo dizer – razoavelmente manchada por incapacidade e/ou desonestidade intelectual oriunda das mais comuns ideologias da modernidade, ter-se ia uma visão esquartejada do tema. Além de uma boa quantidade de <strong>anacronismos absorvidos no quadro geral de interpretação</strong> histórica e ainda uma <strong>falta de informação</strong> tão tremenda que se alguém fosse interpelado sobre o tema, sua resposta seria tão superficialmente abstrativa quanto <strong>incapaz de explicar o fenômeno (e sua relação com a Igreja)</strong> no contexto em que se insere.</p> <p align="justify">Pra resolver o problema mediante a pequena bibliografia e o tempo menor ainda o jeito que encontrei foi esticar a cronologia: no passado pra buscar as mais antigas execrações da usura – fora do cristianismo; e no futuro (da Idade Média, leia-se séculos XVI e XVII) pra buscar uma aberta defesa ao livre mercado pelos escolásticos tardios. Isso seria pior do que os efeitos descritos no parágrafo anterior se fossem despropositados. Não foram, é claro. Foi uma tentativa de mostrar como um pensamento que evolui lentamente se forçou a vulgarizar igualmente de forma lenta para absorver as mudanças do mundo e amparando seu discurso nas Escrituras e na tradição já fundamentada nos diversos concílios.</p> <p align="justify">Ciente de que uma defesa do capitalismo pelos padres do século XVI não equivale, sequer, à liberação tácita da usura, tentei mostrar como uma posição que nos parece estranha hoje designa a evolução e transformação da mentalidade da Igreja e da sociedade durante os séculos finais do medievo. A usura passaria mais de uma categoria de trabalho para uma categoria moral que se aplica mais ao bel-prazer de quem identifica um usurário do que dele se vale. A usura não é o tema deste tópico, a uso para situar um dos temas em que o debate que exporei se dá. Uma fonte interessante para o tema foi a dissertação de Rodrigo da Costa Dominguez, <em>Mercadores-banqueiros e Cambistas no Portugal dos séculos XIV-XV</em>; e mais ainda o livro de Jesús Huerta de Soto, <em><a href="http://www.endireitar.org/site/biblioteca-online/doc_download/25-escola-austriaca-mercado-e-criatividade-empresarial" target="_blank">Escola Austríaca: Mercado e criatividade empresarial</a></em>. Pra quem deseja saber mais sobre, há o igualmente recente <em><a href="http://www.thomasewoods.com/books/the-church-and-the-market/" target="_blank">The Church and the Market: A Catholic Defense of the Free Economy</a></em>, (sem tradução) de Thomas E. Woods.</p> <p align="center"><a href="http://lh5.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/S0f3AM5d6VI/AAAAAAAAAH8/B_jUC7oWDq0/s1600-h/woods%5B8%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="Thomas E. Woods, Jr., membro sênior do Ludwig von Mises Institute. Possui bacharelado em História por Harvard e seus mestrados, M.Phil., e Ph.D. pela Columbia University. É o autor de nove livros, incluindo 2 bestsellers do New York Times" border="0" alt="Thomas E. Woods, Jr., membro sênior do Ludwig von Mises Institute. Possui bacharelado em História por Harvard e seus mestrados, M.Phil., e Ph.D. pela Columbia University. É o autor de nove livros, incluindo 2 bestsellers do New York Times" src="http://lh4.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/S0f3Am5i-FI/AAAAAAAAAIA/UicG6t9Yr64/woods_thumb%5B6%5D.jpg?imgmax=800" width="145" height="182" /></a><font color="#808080" size="1">© </font><a href="http://mises.org/fellow.aspx?Id=23" target="_blank"><font color="#808080" size="1">Mises Institute</font></a> </p> <p align="justify">E é o mesmo autor e sua obra que quero trazer à discussão. Com currículo portando os nomes de Harvard e Columbia, o Historiador é um católico que, no ambiente acadêmico dos EUA luta para desfazer muito do que passou pela historiografia como válido e concreto. O interessante sobre ele é que (pra usar uma analogia que ele mesmo usou) não basta apagar os incêndios que se espalharam pela História, mas reconstruir o edifício. Não adianta mostrar a falha, a falácia, a desonestidade intelectual que virou fonte crível, mas mostrar porque a a falha, a falácia, a inconsistência histórica são absurdos materiais – visto pelas fontes e relações de estudos sérios.</p> <p align="justify">Nesse ponto acho que Thomas Woods chama muito atenção de seu interlocutor para a quantidade de historiadores e historiadores da ciência que estão revendo certas questões. Pra mim, se um estudo é feito com <i>intellektuelle Rechtschaffenheit</i> (Honestidade intelectual) weberiana, então já é válido pra ser posto à prova da dialéctica. Afinal, foi justamente o sentimento de patotinha que evitou certos questionamentos sobre obras do passado – o que fez com que os autores, escrevendo bobagens tamanhas, fossem levados a sério.</p> <p align="justify">O <a href="http://www.thomasewoods.com/books/meltdown/" target="_blank">último livro</a> de Woods é uma explicação (ao que parece bem articulada) duma visão da crise de 2008 como a que descrevi <a href="http://delemon.blogspot.com/2009/06/republicacao-nova-visao-sobre-crise-e-o.html" target="_blank"><em>”Nova” visão sobre a crise e o Estado</em></a> – defendendo o não-resgate das empresas pelo governo como verdadeira ação capitalista e chama a História a seu favor (talvez seja matéria de post ulterior). Escreveu dois sobre a História e Tradição da Igreja Católica, e mais uns dois sobre História Americana, inclusive um <a href="http://www.thomasewoods.com/books/the-politically-incorrect-guide-to-american-history/" target="_blank">Guia Politicamente Incorreto da História Americana</a>, também sem tradução; mas pelo menos temos o <a href="http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/10631-guia-politicamente-incorreto-da-historia-do-brasil.html" target="_blank">nosso</a>. O livro de maior importância do <em>scholar</em> é <strong><a href="http://www.thomasewoods.com/books/how-the-catholic-church-built-western-civilization/" target="_blank"><font color="#0080ff" size="3" face="Bell MT">Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental</font></a></strong>, editado aqui pela <a href="http://www.quadrante.com.br/pages/loja_detalhes.asp?id=672" target="_blank">Quadrante</a>.</p> <p align="justify"><a href="http://lh3.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/S0f3Bfp-kJI/AAAAAAAAAIE/bZg52CWZ6AE/s1600-h/Como_igreja_civilizacao_g%5B3%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; margin: 0px 10px 0px 15px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental" border="0" alt="Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental" align="right" src="http://lh5.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/S0f3CYi85oI/AAAAAAAAAII/f9tziDi56QY/Como_igreja_civilizacao_g_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800" width="164" height="244" /></a> Eu já estava de olho no livro logo antes semestre passado – mas por alguma incrível incompetência eu não achei a tradução na época, portanto não li o livro ainda (se alguém quiser me presentear no aniversário <img title="ahá!" alt="ahá!" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9a/Wink.png/20px-Wink.png" /> ). Mas acredito que seus principais argumentos estão expostos numa série documental de 12 episódios gravados recentemente. Só achei 6 episódios legendados em português: <a href="http://www.youtube.com/view_play_list?p=ADB3FCFC2C47A724&search_query=Construtora+de+uma+civiliza%C3%A7%C3%A3o" target="_blank">aproveitem</a>!</p> <p align="justify">Para os católicos a relação entre <a href="http://www.permanencia.org.br/revista/atualidades/apologetica5.htm" target="_blank">Igreja e Civilização</a> (há os que preferem cultura, apesar do sentido ser diferente) é há muito sabida. Mas isso parece ficar reduzido a alguns poucos argumentos e poucos praticantes que se deram o trabalho de conhecer e estudar a fundo a História de sua religião. Nesse sentido o escrito de Woods é um trabalho de divulgação, especialmente quando se leva os vídeos em conta. É um chamado à essa área de estudo, conclamando Historiadores da Ciência a pesquisar sobre os desenvolvimentos científicos que a Igreja levou a cabo conjuntamente com o desenvolvimento filosófico e teológico durante toda a sua História e especialmente na Idade Média.</p> <p align="justify">Não quero adiantar os argumentos do autor, especialmente porque sua demonstração histórica mais concisa está no livro ainda não lido por mim. Mas ao que me parece ele não se furta de falar da Inquisição, Galileu, Astronomia, Química e muitas outras áreas de estudo – inclusive a economia – que se não surgiram dentro da hierarquia da Igreja, teve seu maior impulso especulativo justamente sob o clérigo. A noção final que se tem é que: sem toda a imensa contribuição católica <strong>jamais</strong> haveria Ciência como um método rigoroso que veio a se tornar sob Bacon; ou caso houvesse ciência sem catolicismo, então teríamos uma ciência do Século XXI que estaria próximo à ciência que tínhamos o Século XIX – é a minha visão.</p> <p align="justify">Sem prejuízo ao meu escrito, quero dizer que não sou, jamais fui, católico. Pra mim é irrelevante dizer isso: para o conteúdo e importância desse post e da obra a qual se refere, não fede nem cheira. Mas numa cultura onde todo mundo está acostumado a falar <em>pro domo sua</em>, talvez seja uma ressalva importante, afinal. No mais, conclamo meus colegas estudiosos da História que se deem ao trabalho de conhecer um pouco mais da Igreja e seus feitos por quem sabe o que fala e que não se preocupa em citar fontes só “de dentro”. Farei isso o mais breve possível, e caso alguma outra mudança se produza em meu espírito, relatarei o caso de maneira mais descritiva (porém aproximada) do que fiz n’<em><a href="http://delemon.blogspot.com/2010/01/batalha-do-apocalipse-o-epico-nacional.html" target="_blank">A Batalha do Apocalipse: o Épico Nacional</a></em>. Para o engrandecimento intelectual e pessoal de vocês, sugiro que façam o mesmo! Até.</p>Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-22873486236396524502010-01-07T15:15:00.001-02:002010-01-28T23:23:37.687-02:00A Batalha do Apocalipse: o épico nacional<p align="justify">Embora eu acredite que até 2012 muita <s>merda</s> coisa possa acontecer (inclusive uma crise financeira de tons mais amargos que a de 2008), o fim do mundo não virá, mesmo que coisas <a href="http://davidwilkersontoday.blogspot.com/2009/03/urgent-message.html">muito tensas</a> ocorram. Não pensando no calendário maia nem em outra profecia que não a da Bíblia e do Talmude, <a href="http://twitter.com/eduardospohr" target="_blank">Eduardo Spohr</a> alcançou o que poucos escritores brasileiros conseguiram: escreveu um verdadeiro épico.</p> <p align="justify"><img style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggZAUZ_Zjo53b3cZ37rtJpqDyGOIHMdAh-ldD16N3goB0dV6iJW0u-8utEs7HsDtM0o77Xt1JQw70ASSgVZ9baIMfK4L-m1cZzQC6bHduKHz5daI_MqiC1yxyYqjTkqlyaCXNMUW-bLwQ/s1600/capa-antiga-abda.jpg" width="500" height="261" /> </p> <p align="justify">O livro não é exatamente novo, está na <a href="http://jovemnerd.ig.com.br/nerdcast/nerdcast-80-a-batalha-do-apocalipse/" target="_blank">lábia dos nerds</a> há uns dois anos. Mas desde então não possuía uma editora. Mesmo que o único local de venda tenha sido a própria <a href="http://www.nerdstore.com.br/produto/a-batalha-do-apocalipse.html" target="_blank">NerdStore</a> (e nenhum outro), o livro fez um case incrível: passa mais tempo indisponível do que à venda. Sua primeira tiragem esgotou em 5 horas, a segunda (a que eu adquiri o livro) durou só algumas semanas; desde então se passaram meses para uma nova remessa que terminou por revelar-se uma nova edição: pequenas modificações no texto, nova capa, glossários e linha do tempo e um selo que revela o empreendedorismo dos nerds: se nenhuma editora de respeito se deu o trabalho de lançar A Batalha do Apocalipse, que fizessem eles mesmos o trabalho e ganhassem o dinheiro com isso.</p> <p align="justify"><em><font size="4" face="Monotype Corsiva"><strong><a href="http://www.abatalhadoapocalipse.com/" target="_blank">A Batalha do Apocalipse – Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo</a></strong></font></em> é maravilhoso tanto em sua ficção quanto na forma em que veio a ser escrito e que nos chega. O empreendedorismo, a vontade de fazer algo bem feito e a atenção do autor para com seus leitores e fãs são fundamentais para o sucesso da obra. Spohr mantém o blog <a href="http://filosofianerd.blogspot.com/" target="_blank">Filosofia Nerd</a>, onde inclusive elaborou um <a href="http://filosofianerd.blogspot.com/2009/10/tutorial-como-ler-batalha-do-apocalipse.html" target="_blank">tutorial para se ler ABdA</a>. Quanto ao conteúdo da obra digo: é magnífico! Acredito que tem material para ser considerado um divisor de águas no mercado editorial brasileiro. O gênero de fantasia vende muito por aqui com Tolkien, Bernard Cornwell e Conn Iggulden (e muitos outros), mas pouquíssimos autores nacionais – ABdA mudará isso em termos de <em>Best selling</em>.</p> <p align="justify">Não farei uma sinopse ou mesmo resenha do livro, encorajando que o transeunte que tropece neste blog entre no site e explore por si mesmo. Depois voltando aqui para ver alguns motivos que fazem deste um dos melhores livros que já li: 1) É um épico, e não uma mera narrativa longa (romance) com vários personagens; isso implica em personagens profundos que se modificam com o passar do tempo e realizam feitos <strong>grandiosos</strong>. É de uma emoção só, grudar nas páginas e ler as 500 páginas em 2 dias. 2) É um livro que percorre a <strong>História</strong>! Isso já seria o suficiente pra ganhar no mínimo o sorriso dum estudante de História. “A Batalha” nos faz babar com Babilônia, ficar extasiados com Roma, incontrolados com Bizâncio e imersos no feudal europeu e no “medievo oriental” – além da tensão e, pior, a possibilidade da contemporaneidade ser realmente apocalíptica. 3) Como se já não fosse o suficiente, é muitíssimo bem escrito, penetrante e cativante, tenso e instrutivo. Tudo ao mesmo tempo e aos poucos: nos permite conhecer mais sobre a “cultura do Antigo Testamento”, seus dizeres e profecias; dando sempre elementos fortes à imaginação e à mística.</p> <p align="justify">Enquanto isso os conhecimentos de Spohr vão lhe garantindo uma vida em torno da literatura, me parece: deu um curso de <a href="http://filosofianerd.blogspot.com/2009/11/curso-de-estrutura-literaria-jornada-do.html">Estrutura Literária</a> e irá ministrá-lo mais uma vez. O universo também <a href="http://filosofianerd.blogspot.com/2009/12/baixe-versao-02-do-rpg-abda-e-prepare.html">já rendeu um RPG</a>.</p> <p align="justify">Influenciado pelo estudioso de mitologia e religião comparada <a href="http://www.jcf.org/" target="_blank">Joseph Campbell</a><sup><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Campbel" target="_blank"><font color="#0080ff">[[W]]</font></a></sup> (o “mentor” de George Lucas), Eduardo Spohr utiliza o melhor da <a href="http://paponaestante.com.br/?p=1636" target="_blank">Jornada do Herói</a><sup><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornada_do_Herói" target="_blank"><font color="#0080ff">[[W]]</font></a></sup> para criar Ablon e seu enredo, ficando à sua subjetividade e seu cuidado em cercar tudo isso num universo verossímil, excitante e amplo às possibilidades literárias – o que significa que, mesmo que ABdA perpasse toda a “História”, há chance pra muitos livros, heróis e narrativas se encaixarem nesse universo. O autor já me disse, e repetiu para todos que, uma vez deslanchado ABdA, ele poderia se dedicar a escrever mais nesse universo. Com esta nova edição lançada na NerdStore – que se esgotou ainda na pré-venda – o caso está sendo resolvido (espero).</p> <p align="justify">É por isso então que me junto a uma blogosfera gigantesca de nerds e demais leitores que desde 2007 reverberam a qualidade e a importância de “A Batalha do Apocalipse”. Vale a pena ;)</p>Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-75551418267013210982010-01-02T21:56:00.005-02:002010-01-02T23:41:06.847-02:00Editorial(?) - Pra começar uma década<p align="justify">Gostaria de pedir desculpas. Em <a href="http://delemon.blogspot.com/2009/10/ate-o-chuck-norris-tremeu.html" target="_blank"><em>Até o Chuck Norris Tremeu</em></a> expus um tema que julgo importante para nossa história recente; continuei o tema no post seguinte: <a href="http://delemon.blogspot.com/2009/11/notas-para-o-inicio-que-esta-proximo.html" target="_blank"><em>Notas para “O início [que] está próximo”</em></a>, abordando como esse tema chega a nós pelo <em>mainstream</em> e especialmente pela internet – que tem a possibilidade de se abrir para além dos horizontes da <em>mainstream media</em>. Meu objetivo era escrever um último post expondo tudo que vejo como importante e reafirmador do discurso do COP15 e deixar o assunto do ambientalismo político (que já me tomaria então 4 posts) de lado, até que os efeitos da reunião pudessem ser analisados novamente, tomado sob seus frutos. Mas a descrição da árvore falhou; e por dois motivos: falta de tempo minha (provas e trabalhos de final de semestre) e extensão do tema. O resultado foi que quanto mais juntava material útil ao artigo, maior ele ficava. Já estava com 17 parágrafos e umas 1.500 palavras (o tamanho de um conto) e nem havia chegado à metade do caminho expositivo e muito menos das minhas conclusões. A reunião passou e escrever o que escrevi naquele tom faria as coisas soarem um pouco deslocadas: desisti do artigo.</p> <p align="center"><a href="http://lh3.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sz_dD-eYEJI/AAAAAAAAAHY/m4og6Xr8tVY/s1600-h/editorial%20header%5B4%5D.png"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="editorial header" border="0" alt="editorial header" src="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sz_dEwbf6cI/AAAAAAAAAHc/nt3056TIq3w/editorial%20header_thumb%5B2%5D.png?imgmax=800" width="530" height="130" /></a> </p> <p align="justify">Um ponto interessante é que eram tantas as fontes e “subtemas” que iria citar ali que agora me permitirei abordá-las pouco a pouco. Pra finalizar – por hora – o assunto sobre ambientalismo, eu gostaria de substituir mil palavras do artigo que estava escrevendo por uma figura do mega-<em>geek</em> Randall Munroe do <strong><a href="http://xkcd.com/" target="_blank">xkcd</a></strong><sup><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Xkcd" target="_blank"><font color="#0080ff">[[<font face="Bookman Old Style">W</font>]]</font></a></sup>. Só acredito que o esforço quixotesco é o que vai resultar em tripods, e não o contrário.</p> <p align="center"><a href="http://xkcd.com/556/" target="_blank"><img style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto" src="http://imgs.xkcd.com/comics/alternative_energy_revolution.jpg" width="525" height="701" /></a> <font color="#c0c0c0" size="1">(cc) </font><a href="http://xkcd.com/license.html" target="_blank"><font color="#c0c0c0" size="1">Randall Munroe</font></a><font color="#c0c0c0" size="1">. xkcd 2009 under </font><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.5/" target="_blank"><font color="#c0c0c0" size="1">Creative Commons Attribution-NonCommercial 2.5 License</font></a></p> <p align="justify">Bom, este seria um bom momento pra postar algumas coisas novas, alguns livros com pouca penetração no Brasil, alguns <em>insights</em> que tive lendo ou aprendendo alguma coisa. Continuo prometendo que não farei promessas <font color="#808080">(dããã)</font> de escrever mais e ficar pedindo desculpa por nunca conseguir. Postar mais seria desejável, mas ultimamente ando preferindo absorver informação do que divulgá-las. Esse egoísmo é necessário – evita que eu fale <strong>muitas</strong> bobagens; permite-me que eu fale um pouco só por vez. Afinal é isso ou eu fecho o blog pelos próximos 25 anos quando eu realmente terei informações suficientes pra ousar falar e saber que não há bobagens em nada.</p> <p align="justify"><em>Aaaanyway</em>… fico por aqui – esperando trazer algo novo de História nas próximas blogagens e desejando um bom início de ano para todos. Só pra me satisfazer um pouco, deixo uma lição de vida.</p> <p align="center"><a href="http://www.tirinhas.com/xkcd.php?tira=479" target="_blank"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="Tones" border="0" alt="Tones" src="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sz_dF0M7FKI/AAAAAAAAAHg/0WVG_aovjxU/xkcd479%5B26%5D.png?imgmax=800" width="530" height="198" /> <font color="#c0c0c0" size="1">(cc) <a href="http://xkcd.com/license.html">Randall Munroe</a>. xkcd 2009 under <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.5/">Creative Commons Attribution-NonCommercial 2.5 License</a>. Tradução <a href="http://www.tirinhas.com/">tirinhas.com</a> sob <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/br/">Creative Commons Attribution-Noncommercial-Share Alike 2.5 Brazil</a></font></p> <p align="justify">Hehehe! Até a próxima curva espacial.<img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Então você bisbilhota o conteúdo das imagens" border="0" alt="Delemon's assinatura" align="right" src="http://lh5.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sz_dGjCXOmI/AAAAAAAAAHo/uAeA_HYHQEU/Delemon_JaneAusten-135x45_white_thumb%5B1%5D.png?imgmax=800" width="135" height="45" /></a></p> <strong><font size="4"> <p align="left"> <br />Érick Delemon </p> </font> <br />Editor chefe <br /><font color="#808080" size="1">(hahahah)</font></strong>Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-15329144541679961382009-11-14T00:10:00.002-02:002009-11-14T01:06:55.518-02:00Notas para “O Início [que] está próximo”<p>Notório que pouco depois de meu post anterior, <a href="http://delemon.blogspot.com/2009/10/ate-o-chuck-norris-tremeu.html" target="_blank">os avisos de Chuck Norris</a> se tornaram mais urgentes de serem ouvidos: <strong>O COP15 está com tudo</strong>. Pra quem teve brio de ler o post completo e talvez até ler os links de referência, já entendeu que o COP será a institucionalização do governo mundial – e ao contrário do que dizem – nada democrático. Seremos mais explícitos: de caráter socialista. Caso seja necessário uma exposição nesse sentido, poderei colocar em argumentos o porque um governo de caráter mundial e inicialmente querido de todos os governantes é socialista, mesmo com aniversário da queda de um muro muito grande numa cidade muito bonita! Este post é uma atualização, algumas notas do andamento da reunião que mudará o mundo – não por “finalmente” começar a dar fim no aquecimento global –, mas porque iniciará um governo mundial.</p> <p>Bom, os avisos do mestre Norris valem a pena pelo fato de que a reunião de Dezembro em Copenhagen <strong>está com tudo</strong>. Têm um <a href="http://www.youtube.com/Cop15" target="_blank">canal no YouTube</a>. Um canal que acho engraçado, utiliza o recurso do “levante tua voz”, como se o COP (nome profético, com certeza será) fosse um aglutinador democrático de opiniões sobre,<font color="#808080"> [flores]</font> <font size="4" face="Monotype Corsiva">Como Construir  um Mundo Melhor</font>! <font color="#808080">[mel e leite em profusão].</font></p> <p><strong>Está com tudo:</strong> Google abraçou e beijou a causa! Com direito de ouvir <a href="http://www.google.com/landing/cop15/" target="_blank">Al Gore falando sobre Mudança Climática no Google Earth</a>. Além das extensões YouTubianas do canal já citado: <a href="http://www.youtube.com/youthclimatedebate" target="_blank">Debates da Juventude sobre Clima</a>; em que se depara logo com a pergunta “Seus líderes políticos estão fazendo o suficiente com relação à mudança climática?”, obviamente a resposta <strong>Não</strong> ganha disparadamente. Uma vez tido como verdade absoluta, o aquecimento global jamais terá a atenção que merece até que seja proposto um órgão superior às nações para resolver especificamente este problema. E não é preciso que essa juventude entenda isso nesses exatos termos. Basta que lhe proponham isso sob a retórica de que – sendo um problema global – a solução só pode se dar globalmente; da mesma forma que a soma das partes de poluição de cada país produziu o malefício, só uma coisa que some todas as nações poderá resolver isso.</p> <p>Agora, “somar” signifca sobrepor tudo – e como e impossível realmente representar todos os países do globo, com suas multifacetadas leis – o resultado será sempre uma imposição. Uma lei que não respeita as tradições de quem irá se submeter a ela (no Brasil isso é o dia a dia do Legislativo), e assim, ditadura. E repito: ditadura do dia pra noite! Consentida e abraçada por todos os queridinhos da Televisão e intelectuais de cada esquina acadêmica. A cada dia que passa Huxley se torna mais Admirável por ter visto o nosso Mundo Novo.</p> <p>O <a href="http://timeforclimatejustice.org/" target="_blank">Time for Climate Justice</a>, reúne essa galera num vídeo digno dos melhores prêmios de publicidade. A cara de pau é tanta que defendem essa justiça climática com tanta naturalidade como quem teve um parente morto pede justiça à polícia. Eles podem pedir, e assinar acordos em cima desse conceito bizarro de justiça porque, para eles, bizarro é alguém não acreditar no maior dogma da esquerda política que existe: os países pobres assim o são porque são oprimidos!</p> <p>Não tenho espaço pra expor a bizarrice disso aqui, mas é interessante quando me chamam de burro pra pior quando digo (como o Olavo) que não existe mais direita no Brasil – e que ela mingua no resto do mundo. Via de regra a direita questionaria essa <a href="http://blogdomrx.blogspot.com/2008/08/um-clssico-do-vitimismo.html" target="_blank">pataquada de Galeano</a>; mas cadê algum político que não tenha medo de discordar disso? Não existem. Somando-se à lavação cerebral a nivel cultural: aclamação por justiça e “debate” infrutífero de jovens, e ainda o <a href="http://www.earthhour.org/" target="_blank">Voto pela Terra</a> (não se atreva a não defender sua terra).</p> <p>Temos também o <a href="http://www.rainforestsos.org" target="_blank">Projeto Florestas Tropicais do Príncipe</a>; o que é bem elucidativo quanto a quem a ONU se alia e se apóia. Príncipe Charles será sempre suspeito para mim, as vezes sinto como  se ele não estivesse satisfeito com a monarquia da Inglaterra… e que contador de árvores derrubadas absurdo! Este outro <em><a href="http://hopenhagen.org/" target="_blank">hotsite</a></em>, por exemplo diz: “Em 7 de Dezembro se reúnem […] para decidir o <strong>destino</strong> do nosso planeta” (ênfase minha) Realmente, o destino de todo planeta estará nas linhas dos documentos a serem assinados ali. E é aqui que entra o site mais importante: Feche o Negócio [<em><a href="http://www.sealthedeal2009.org/" target="_blank">Seal the Deal</a></em>].</p> <p>Vai ficando bem claro que a preocupação com o homem e o planeta são plano de fundo para um imenso corpo político quando se lê por exemplo, a frase do atual <a href="http://www.sealthedeal2009.org/un-redd" target="_blank">secretário geral da ONU, Ban Ki-moon</a>: </p> <blockquote> <p>Esta iniciativa não somente demonstrará como florestas podem ter um importante papel como parte de um <u>regime climático</u> pós-2012. Também ajudará a construir muito da confiança necessária à comunidade global para apoiar a <u>implementação de um inclusivo, ambicioso e compreensivo regime climático, uma vez que for ratificado.</u> <sup>[<a href="#nota-cop-1" name="ref-cop-1">1</a>]</sup> (grifos meus)</p> </blockquote> <p>Por <em>inclusivo</em>, eu entendo que incluirá todas as nações sob seu comando, por <em>compreensivo</em> só entendo que será compreensível aos que apóiam uma luta histérica contra o aquecimento global; a parte ambiciosa do regime eu entendo – e agora não temem chamar de regime. Veja a clareza dessas palavras sobre um “<a href="http://www.sealthedeal2009.org/an-ideal-deal" target="_blank">acordo ideal</a>”: “<em>Um eficiente mecanismo institucional para desembolsar fundos e uma justa, responsável, estrutura de governo.</em>” <sup>[<a href="#nota-cop-2" name="ref-cop-2">2</a>]</sup></p> <p>E daí vai só piorando. Mas claro: com quilos de vaselina, KY e gentileza de quem pode enrabar o mundo inteiro em breve. Farei mais considerações sobre assunto muito em breve, este, porá fim ao assunto do governo mundial, eles o querem, é fato. E de tudo farão para isso, como mostrarei. Por enquanto fiquem com essas notas, que constam na mídia somente como genérico que aglutina todos os fronts em que o ambientalismo atua sob o aval da ONU.</p> <p> </p> <p><sup><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP6Nn-XTmV4ZtCA_E3j7xfQIQWYw89kljIWowKqzW_59X50ibPvqDJNFkDoPvzWoKiRC1RVGwFr4NpNnMkD-UH7j5aL7OUckUANGpNqbisKsCSWiKd2mHjgvF93LdUJoyJ3RC7mkIx252-/[5].png?imgmax=800" /> </sup></p> <p><font size="2" face="Calibri">[</font><a href="#ref-cop-1" name="nota-cop-1"><font size="2" face="Calibri">1</font></a><font size="2" face="Calibri">] – "The battle against climate change cannot be won without the world’s forests - this is now clear. This initiative will not only demonstrate how forests can have an important role as part of a post-2012 climate regime. It will also help build much needed confidence that the world community is ready to support the implementation of an inclusive, ambitious and comprehensive climate regime once it is ratified"</font></p> <p><font size="2" face="Calibri">[</font><a href="#ref-cop-2" name="nota-cop-2"><font size="2" face="Calibri">2</font></a><font size="2" face="Calibri">] – "An efficient institutional mechanism for disbursing  funds and an equitable, accountable, governance structure"</font></p>Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-29775333100152699012009-10-28T14:36:00.001-02:002009-10-28T14:36:59.628-02:00Até o Chuck Norris tremeu<p>Só de ver um post com esse título eu já estaria me borrando; não importa o assunto – não importa o que fez com que Chuck Norris, o <a href="http://www.chucknorris.com/html/book_chuckfactbook.html" target="_blank">homem dos fatos</a>, tremesse nas bases – <strong>se ele tá vendo problema à frente, eu sei que devo ver o apocalipse se encaminhando.</strong></p> <p>É isso aí! É com um post sobre Mr. Norris e os fatos da vida real que volto a escrever alguma coisa. Senão o ilustre desconhecido que sou, o que digo (na generalidade) não seria nada de novo – motivo pelo qual coloquei o blog em coma, ressuscitando-o momentaneamente (ou não) sob o alerta do homem que já contou até o infinito tantas vezes. As piadas podem ser interessantes, mas Norris escreve com seriedade – <strong><u>e preocupação.</u></strong> Vamos aos fatos.</p> <p> <a href="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/SuhzCMTVkoI/AAAAAAAAAG0/k-9JdGARZR8/s1600-h/Chuck%20header%5B5%5D.png"><img style="border-right-width: 0px; display: block; float: none; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; margin-left: auto; border-left-width: 0px; margin-right: auto" title="Chuck header" border="0" alt="Chuck header" src="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/SuhzIb5EgpI/AAAAAAAAAG4/EatMemHAPr8/Chuck%20header_thumb%5B3%5D.png?imgmax=800" width="530" height="130" /></a> </p> <p>Data: 25 de Setembro de 2009 – local: <a href="http://www.wnd.com/" target="_blank">WorldNetDaily</a>. Me deparo com as manchetes usuais, (percebendo o quanto a humanidade se estupidifica dia-a-dia), mas ali dentre os colunistas vejo um nome conhecido – e não do mundo noticioso ou jornalístico, mas do cinema e das artes marciais. Mesmo que não concorde com Charlie Sheen, já havia me surpreendido de vê-lo <a href="http://www.prisonplanet.com/twenty-minutes-with-the-president.html" target="_blank">exigir investigações do papel do governo dos EUA no 11 de Setembro</a>; e agora vi Chuck Norris, que para minha surpresa – descobri depois que li o artigo – também se propõe ao <a href="http://www.chucknorris.com/html/bbp.html" target="_blank">ativismo político</a>.</p> <p>A frase com que Norris inicia o artigo já dá o tom do porque vejo cavaleiros apocalípticos se aproximando: “<strong><em>O Halloween acabou de ficar mais assustador – muito mais assustador.</em></strong>” Intitulado (algo como) <strong><a href="http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=114005" target="_blank">Governo mundial único de Obama</a></strong>, o artigo quer fazer eco aos avisos do Lord Christopher Monckton – assessor para ciências da Primeira-Ministra britânica Margareth “Iron Lady” Thatcher – de que Obama estaria prontinho pra ceder, entregar, pisar em cima da soberania dos EUA. Em nome de que? De um governo mundial! <a href="#notachuck1" name="refchuck1"><sup>[1]</sup></a></p> <p>Na palestra de 1 hora e meia, <a href="http://mnfreemarketinstitute.org/2009/10/22/new-monckton-presentation-video-includes-slides/" target="_blank">Lord Monckton discursou perante o Minnesota Free Market Institute</a> sobre rascunho do documento liberado pela <a href="http://unfccc.int/2860.php" target="_blank">“Secretaria” da Convenção sobre Aquecimento Global</a> da ONU [<em><font color="#c0c0c0">United Nations Framework Convention on Climate Change</font></em>] em Setembro. Pelo que entendi futricando o site, esse secretariado é que está organizado desde 92 na Eco92 e que articulou tudo isso de Protocolo de Kyoto e Painel Intergovernamental bla bla bla. O tal rascunho é o corpo que ganha aos poucos o documento a ser assinado em Copenhagen, Dinamarca em Dezembro. Mesmo não sendo um documento final, não passou desapercebido: como disse Chuck afinal, já teria passado por sete deliberações e revisões de subgrupos; visando chegar a um documento final até dezembro que se aproxima.<a href="#notachuck2-1" name="refchuck2-1"><sup>[2]</sup></a></p> <p>“<em>Ok, e daí?</em>” você me diz, “<em>Qual o problema de mais uma reunião da ONU sobre o aquecimento global e um documento oficioso disso? Que horror há de ter nesse Halloween por conta de mais uma reunião que visa – em última instância – salvar o planeta em que vivemos do próprio Homem?”</em> – Oh! Maldito existencialismo misto de materialismo niilista <font color="#c0c0c0">(<em>o.O</em>)</font>! Ou só… crise <em>emo</em> não externada. Sim, é assim que entendo esse discurso: um niilismo, negação de tudo (que o homem faz) falta de fé na humanidade, ou melhor: fé de que ele só faz merda, decorrência da crença de que entre o céu e a terra não há nenhum mistério para além do que  julga a filosofia da matéria [em estado gasoso]. Mesmo que o discurso (ou a generalização dele) não seja causa – mas decorrência, na verdade somente uma pequena consequência de anos de <a href="http://www.deliberatedumbingdown.com/" target="_blank">estupidificação deliberada</a> <font color="#c0c0c0">(</font><a href="http://delemon.blogspot.com/2009/07/pra-dizer-que-nao-falo-das-flores.html" target="_blank"><font color="#c0c0c0">agora é tarde, já disse</font></a><font color="#c0c0c0">)</font> – o problema continua aí, e o <strong>problema é a crença que só um governo global resolva o aquecimento de origem antropogênica</strong>, não o próprio aquecimento global (acredite você que ele exista ou não). O discurso de quem apóia essas medidas agora pouco importa, pois o documento é a cristalização desse discurso em medidas políticas que afetarão a todos – sem exceção, algum dia.</p> <p>Em resumo o documento se baseia na assunção de que sendo o <em>aquecimento global</em> um fenômeno de caráter <em><font color="#c0c0c0">(tchã rã!)</font></em> mundial, e causador de <em>mudança climática</em>, entendida como alteração do clima à escala global por ações humanas, o homem está a modificar, de forma destrutiva, toda a estrutura da natureza. Colocando assim em xeque a vida no planeta, inclusive do próprio Homem, por alterar de maneira brusca e inconsequente os ‘caminhos da natureza’. Essa é a minha leitura resumida das justificativas; estas mostram que um problema que já existe há mais 50 anos (época de maior industrialização dos EUA) deixou marcas indeléveis em todos os países do globo.</p> <p>E aqui entra a cartada de Copenhagen: a necessidade de conter a <em>mudança climática </em>e assim controlar os papéis dos países assinantes em sua economia (em última instância) mediante a criação de um organismo supranacional o COP [<em><font color="#c0c0c0">Climate Change Conference</font></em>]. Os países signatários se comprometerão – assim como em Kyoto – a adotar medidas para sanar o aquecimento bla bla bla. Mas essas medidas terão de estar submetidas às prioridades adotadas pelo COP. Uma delas é a transferência de recursos dos países do Ocidente (leia-se EUA) aos países em desenvolvimento.</p> <p>Na página 18, item 38, vemos o que será a base do COP (grifo meu): <a href="#notachuck2-2" name="refchuck2-2"><sup>[2]</sup></a></p> <blockquote> <p>O esquema para o novo arranjo institucional sob a Convenção será baseado em três pilares básicos: <strong>governo; mecanismo facilitativo; e mecanismo financeiro </strong>[…]</p> </blockquote> <p>Em suma lhes digo: <em>mecanismo facilitativo</em> é o nome para “gastar imensas quantias de dinheiro para verificar se todo mundo está seguindo o programa à risca , ganhando autoridade de aplicação [<em><font color="#c0c0c0">enforcement</font></em>]” – bem achei o acrônimo “COP” apropriado. <em>Mecanismo financeiro</em>, joga junto com os mecanismos de facilitação para “sugar dinheiro dos países ricos (em tempos de crise financeira/econômica ou não) visando ’<em>a transferência de recursos técnicos e financeiros [</em>destes<em>] para países em desenvolvimento.</em>’” Depois temos o <em>governo</em> que afinal é a somatização desses pilares em Conselho Executivo encarregado de gerir os mecanismos anteriores. (As palavras: "eleição", "democracia", "voto" ou "votação" não aparecem sequer uma vez em todo o documento de 181 páginas).</p> <p align="right">Ainda temendo que alguém que leia isso não veja grandes problemas, eu explico o que as palavras dóceis dos tratados da ONU costumam dizer com isso tudo. Eis o resumo de tudo: A ONU quer criar uma instituição com poderes tremendos de impor condições sobre economia e política dos signatários do evento que aprovam a criação desta instituição; tais poderes somente serão possíveis mediante um Conselho Executivo – nas palavras deles mesmos – <strong>um governo</strong> que –contudo – <strong>não será eleito</strong>. Cito Lord Monckton ao dizer “não há problema algum com o clima e, <u>mesmo que houvesse</u>, <strong>um tratado econômico em nada o [ajudaria]</strong>.”</p> <p>Chuck Norris por exemplo – assim como eu – ficou estupefato ante o item 29 da página 138 que fala da criação de mais um dentre os milhares fundos propostos: <a href="#notachuck2-3" name="refchuck2-3"><sup>[2]</sup></a></p> <blockquote> <p>(b) Para auxiliar países cuja economias são altamente dependentes da renda gerada pela produção, beneficiamento e exportação, e/ou consumo de combustíveis fósseis e produtos associados de energia-intensiva.</p> </blockquote> <p>O que isso significa? Significa que os países que</p> <blockquote> <p>Depois de se tornarem uma das nações mais ricas do planeta pela produção e venda de petróleo, como as do Oriente Médio, esta governança global estabelecerá um “fundo especial” para ajudá-los financeiramente quando o mundo não é mais dependente de suas commodities! <a href="#notachuck3" name="refchuck3"><sup>[3]</sup></a></p> </blockquote> <p>Realmente interessante como os EUA ainda conseguem criar atores que – como Reagan – sabem entrar na vida política como ativistas, atuantes sem necessariamente ter que se juntar a uma causa muitas vezes estranhas a eles por um cachê ou “oportunidade de visibilidade” junto a algum movimento social qualquer – como parece ser regra no Brasil quando algum ator decide “ser ativista político”; mas afiliar-se a um partido e “pregar” jamais. (Não culpo os atores brasileiros – com esses partidos é melhor ficar sem mesmo).</p> <p><em>Insights</em> à parte, é isso aí. Estamos a um passo dum governo mundial: que tem todas as razões para ser ruim e poucas possibilidades materiais que comprovem sua necessidade. Em breve falarei mais disso; não estudei tanto sobre o assunto a ponto de medir e expor as ações conjuntas que são tomadas para isso desde 1900 e pouquinho. Mas acho que colocar a falácia do governo mundial em xeque por demonstrações simples já servem pra dar um “fim” <em>a priori</em> de qualquer medida nesse sentido, (pelo menos é assim que deveria suscitar nos leitores). Até lá espero dúvidas <font color="#c0c0c0">(ou não, hehe)</font> nos comentários para que eu já as respondam nesses posts posteriores.</p> <p> </p> <p> <img style="border-right-width: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px" title="Notas_headsection" border="0" alt="Notas_headsection" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP6Nn-XTmV4ZtCA_E3j7xfQIQWYw89kljIWowKqzW_59X50ibPvqDJNFkDoPvzWoKiRC1RVGwFr4NpNnMkD-UH7j5aL7OUckUANGpNqbisKsCSWiKd2mHjgvF93LdUJoyJ3RC7mkIx252-/?imgmax=800" width="425" height="20" /> </p> <a href="#refchuck1" name="notachuck1">[1]</a> – Mais informações e links sobre as declarações de Lord Monckton pode ser visto em <a href="http://fightinwordsusa.wordpress.com/2009/10/15/obama-poised-to-cede-us-soverignty-claims-british-lord/" target="_blank">HUDSON, Walter Scott</a>. <em><strong><a href="http://midiasemmascara.org/internacional/estados-unidos/9640-obama-pronto-a-ceder-a-soberania-dos-eua-afirma-lorde-britanico.html" target="_blank">Obama Pronto a Ceder a Soberania dos EUA, afirma Lorde Britânico</a>.</strong> </em>Tradução <em>MidiaSemMáscara.org.</em> 17 de Outubro de 2009. <p>[2]: <a href="#refchuck2-1" name="notachuck2-1">[2]-1</a>; <a href="#refchuck2-2" name="notachuck2-2">[2]-2</a>; <a href="#refchuck2-3" name="notachuck2-3">[2]-3</a> – Documento <a href="http://unfccc.int/resource/docs/2009/awglca7/eng/inf02.pdf" target="_blank">aqui</a> <font color="#c0c0c0">(.pdf)</font>.</p> <p><a href="#refchuck3" name="notachuck3">[3]</a> – NORRIS, Chuck. <strong><em><a href="http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=114005" target="_blank">Obama’s 1-world government</a></em></strong>. WorldNetDaily - A free press for a free people. 25 de Outubro de 2009</p> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-41829806789077257902009-08-03T00:53:00.002-03:002009-08-03T02:47:59.106-03:00Aquecimento global: uma ova?<p><strong><font color="#ff6699" size="4" face="Calibri">Atenção</font></strong>: o texto que se econtra abaixo não é de minha autoria. Portanto o disponibilizo sob copyright de seu autor original, ao invés da licença Creative Commons a que todos os demais posts estão submetidos aqui por serem de minha autoria.</p> <p>O texto é uma <a href="http://mediacrank.wordpress.com/2009/07/29/global-warming-cools-off/" target="_blank">transcrição</a> do <a href="http://www.aim.org/podcast/global-warming-cools-off/" target="_blank">áudio de 29 de Julho</a> feito pelo presidente do site incrível <a href="http://www.aim.org" target="_blank"><strong>Accuracy in Media</strong></a>. Recebi a autorização do mesmo para traduzir e publicá-lo aqui. Antes de ler o texto lembre-se, o texto foi produzido ao final de Julho: <strong>é verão nos EUA</strong>.<strong> </strong>Ei-lo. </p> <hr /> <p></p> <p><font color="#00a0e6" size="5" face="Times New Roman"><strong>Aquecimento Global dá uma resfriada</strong></font><font size="4" face="Calibri"></font></p> <p align="justify"><font size="4" face="Calibri">Enquanto o mês de Julho se aproxima do fim, muitas cidades dos Estados Unidos experimentam um inesperado resfriamento para além das temperaturas normais.</font></p> <p align="justify"><font size="4" face="Calibri">Temperaturas observadas em 17 de Julho na cidade de Nova York são de aproximadamente 2,5 °C abaixo do normal, com o dia mais quente alcançando apenas 29,5 °C. Se a temperatura não chegar aos 32 °C pelo menos um dia nas duas últimas semanas do mês, marcará a primeira vez que isso ocorre desde 1996.</font></p> <p align="justify"><font size="4" face="Calibri">Washington, D.C. também experimenta um resfriamento maior que o normal em Julho, com temperaturas registradas em cerca de 2,2 °C abaixo do normal e tendo alcançado a marca de 32 °C somente 5 vezes até o último domingo.</font></p> <p align="justify"><font size="4" face="Calibri">Outras cidades que estão presenciando um verão mais agradável são Mênfis – que está para marcar seu sétimo Julho mais frio desde 1850 – e Cleveland – que mantém temperaturas 1,4 °C abaixo do normal. Em Bluefield, West Virginia, o aeroporto inclusive marcou um Record de temperatura baixa numa noite deste mês.</font></p> <p align="justify"><font size="4" face="Calibri">Então o que tudo isso significa? Que talvez, somente talvez, as temperaturas variem com o tempo, trazendo-nos mais calor que os verões ou mais frio que os invernos normais e portanto, dá crédito à teoria que o aquecimento global ou mudança climática [por ação do homem] é um mito.</font></p> <p align="justify"><font size="4" face="Calibri">É interessante notar que enquanto muitos países passam por um verão muito mais brando do que o esperado, os defensores de medidas contra o aquecimento global estão estranhamente calados. Apesar disso, se eles realmente estivessem interessados no aquecimento global deveriam ser glorificados pela constatação de temperaturas mais frias, já que isso significa menos ares-condicionados sendo vendidos, o que se traduz em menor uso de energia e menor emissão de gases causadores do efeito estufa.</font></p> <p align="justify"><font size="4" face="Calibri">Normalmente a mídia está repleta de histórias de sofrimento e morte devido ao clima quente no verão e a partir disso fazem referência ao aquecimento global. Mas agora as temperaturas não estão quebrando nenhum Record para a parte superior do termômetro, a mídia estranhamente perdeu o interesse no tempo enquanto vêem a bolha do aquecimento global estourar.</font></p> <p align="center"><font color="#c0c0c0" size="2">© 2009 Don Irvine. All rights reserved <br />© 2009 Érick Ribeiro. All rights reserved</font></p> <p> <hr /></p> <p>O <strong>Accuracy in Media</strong> é uma entidade sem fins lucrativos comprometida em comparar dados liberados na mídia sob todas as formas e comparando-as com dados fornecidos pela comunidade científica. Ou nos casos em que não são as estatísticas em jogo, comparando documentos e fatos pondo à prova discursos e atitudes de pessoas públicas e organizações em geral.</p> <p>É um simples trabalho de vigia, documentação, pesquisa comparação de fontes e divulgação. No final isso não se torna nada simples, na verdade compõem quase 90% da tarefa de um historiador comprometido. Sinto falta de atitudes assim no Brasil, muitas vezes contradições encontradas num mesmo jornal, números hiper-inflacionados ou maquiados, interpretações errôneas de estatísticas além de todo um escarcéu de coisa que sai e tem respaldo (quando muito) do senso-comum.</p> <p>Em breve tocarei mais no assunto, não traduzindo, mas compilando outros dados e fontes para compor um breve resumo do tema sob minhas palavras. Até</p>Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-26482868505315587272009-07-18T23:59:00.000-03:002009-07-18T23:59:00.442-03:00Editorial?<p>Olá povo! Gostaria de fazer um Intermezzo sem trilha ou drama nos meus – infeliz e inevitavelmente espaçados posts. Quem é observador percebe que algumas pequenas modificações foram feitas aqui no blog; a maioria de tom estético e estrutural. Temos um formulário para contato, citações aleatórias acima dos posts, artigos relacionados ao final do post, comentários meus destacados dos demais… enfim, essas pequenices que são detalhes.</p> <p>Detalhes, contudo,  que se mostraram interessantes e acredito terem feito o blog um pouquinho melhor. Pra ficar melhor ainda só faltam a periodicidade um pouco melhor dos meus posts e o feedback de conteúdo, que depende do leitor. Com o formulário de contatos temos mais uma ferramenta à favor disso.</p> <p align="center"><a href="http://www.flickr.com/photos/cote/369123906/"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="editorial header" border="0" alt="editorial header" src="http://lh3.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/SmFYsF_xBkI/AAAAAAAAAGo/OnlBfffjluM/editorial%20header%5B7%5D.png?imgmax=800" width="530" height="130" /></a><font color="#c0c0c0" size="1">(cc). Imagem por </font><a href="http://www.flickr.com/photos/cote/"><font color="#c0c0c0" size="1">cote</font></a></p> <p>Sobre conteúdo também temos a questão do Lado B de um Disco Trash. Quem acompanha (lá e cá) sabe que já tem um tempo que os posts lá – que deveriam ser diários – estavam ficando intermitentes, incertos, raros, e então: praticamente inexistentes. A faculdade – e os outros afazeres da vida privada – ocupou de nossos escritores muito tempo ao final do primeiro semestre. Agora que as férias entraram, então, as pessoas sumiram – quase literalmente. Esperemos, contudo, que no início do semestre letivo nossos escritores consigam conciliar tempo e afazeres para escrever posts diários no belo projeto do Lado B.</p> <p>Quanto a mim, descobri-me extremamente sem o que fazer da vida. Tempo o tenho de sobra mas pouco me dediquei a sentar aqui e realmente escrever coisas. Mas consegui manter a média correta do Lado B. Por isso a questão do conteúdo, por ter que escrever lá semanalmente e tentar manter um nível que antes era sustentado por outros seis escritores, fico tentado a ampliar minha escrita a vários campos que não os que sinto real vontade de escrever naquele momento. E assim prevejo o seguinte resultado: no Lado B escrevo muito sobre coisas diferentes, legais que acho interessante. Aqui escrevo sobre coisas que acho interessantes, porém raramente eu mesmo as ache legais: muitas são resultado de minha indignação, de meus estudos, dos meus insights ou simplesmente aquilo que acho importante resumir, simplificar, ecoar ou reproduzir aqui.</p> <p>Vamos ver aonde isso vai dar. Temo pelo futuro, pelo conteúdo. Me alegro pela forma. Vou continuar aqui enquanto isso. Em Sêneca (<em>Cartas a Lucílio, VII, 11</em>) encontramos a citação de Epicuro: “<em>eu não escrevi isto para muitos, mas sim para ti; contemplarmo-nos um ao outro é espetáculo suficiente</em>”, e uma anterior de autor desconhecido: “<em>para mim, basta-me que sejam poucos, basta-me que haja só um leitor, basta-me que não haja nenhum”.</em></p> <p>Se é válido, não sei. Acho demais escrever para contemplarmo-nos uns aos outros somente, mas basta-me sim que seja um. Pra quem não monetariza o blog, basta muito. Os que vierem serão bem vindos, claro, enquanto se atraírem pelo conteúdo, vale-me o esforço. Esperando escrever mais artigos, poemas e posts variados em breve… fico por aqui.</p> <p align="left"><a href="http://lh3.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/SmFYsv5jDOI/AAAAAAAAAGs/AFhHulZh6U8/s1600-h/SantosDumont-175x45_white%5B14%5D.png"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-top: 0px; margin-right: 0px; border-right: 0px" title="SantosDumont-175x45_white" border="0" alt="SantosDumont-175x45_white" align="right" src="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/SmFYtazfZ8I/AAAAAAAAAGw/w391wPiYIIU/SantosDumont-175x45_white_thumb%5B10%5D.png?imgmax=800" width="175" height="46" /></a> <br /><font size="4"><strong></strong></font></p> <p align="left"><font size="4"><strong>Érick Delemon</strong> <br /></font>Editor chefe <br /><font color="#808080" size="1">(hahahah)</font></p> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-21229779373903449892009-07-12T14:22:00.002-03:002010-01-08T02:05:24.641-02:00Pra dizer que não falo das flores<p align="right"><em>Uma canção em μετά</em></p> <blockquote> <p><em><a href="http://www.cronicascariocas.com.br/humberto_almeida_0011.html">Caminhando e não mais cantando, falou das flores</a></em><em>: <br /><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7526:o-psdb-apenas-um-aliado-espiritual-do-pt&catid=111:movimento-revolucionario&Itemid=130">É tarde já – agora é para sempre – sem dores</a></em><em></em><em>! <br /><a href="http://www.cronicascariocas.com.br/humberto_almeida_0044.html">Pra não dizer que falou e sumiu</a></em><em></em><em>?! <br /><a href="http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090629/not_imp394668,0.php">O nojo de ser o Guevara musical da nação</a></em><em></em><em>! <br /><a href="http://brasilacimadetudo.lpchat.com/index.php?option=com_content&task=view&id=6980&Itemid=1">É esse o Brasil sempre a mil</a></em><em></em><em>! <br /><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7554:manual-de-dicas-para-o-exame-do-enem-&catid=3:educacao&Itemid=13">Salve a Revolução</a></em><em></em><em>!</em></p> </blockquote> <p><a href="http://brasilacimadetudo.lpchat.com/index.php?option=com_content&task=view&id=6972&Itemid=1" target="_blank">Somos todos iguais, laços familiares ou não</a>… <br /><a href="http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090626/not_imp393297,0.php" target="_blank">Nas escolas, nas ruas, campos: encampações</a>, <br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=sV4JlAbhmVQ" target="_blank">Pouco estudando e verborragiando, e seguindo a doutrinação</a>! <br /><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7490:a-educacao-livre-da-marca-da-besta&catid=3:educacao&Itemid=13" target="_blank">Vem vamos embora, que estudar não é saber</a>: <br /><a href="http://www.nivaldocordeiro.net/agnosepetista.htm" target="_blank">Quem acha que sabe acha que é hora</a>. <br /><a href="http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=963" target="_blank">E faz no mundo acontecer</a>! <br /> <br /><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7508:pedagogia-do-opressor&catid=3:educacao&Itemid=13" target="_blank">Pelas mentes, a soberba em grandes ovações</a>! <br /><a href="http://osamigosdapresidentedilma.blogspot.com/" target="_blank">Pelas ruas gritando decididos turrões</a>. <br /><a href="http://libertatumarquivos.blogspot.com/2009/04/envenenando-as-almas-das-criancas.html" target="_blank">Ainda fazem da igualdade, seu mais forte bordão</a>: <br /><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7576:uma-autocritica-pos-socialismo-real&catid=111:movimento-revolucionario&Itemid=130" target="_blank">Acreditam na revolta, vencendo o cristão</a>! <br /> <br /><a href="http://blogdomrx.blogspot.com/2009/07/um-tosco-blog-esquerdista-as-sextas_10.html" target="_blank">Há soldados-partidos, proletários ou não</a>, <br /><a href="http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,259,sid,1,ch" target="_blank">Quase todos enganados, Manifesto na mão</a>! <br /><a href="http://brasilacimadetudo.lpchat.com/index.php?option=com_content&task=view&id=7025&Itemid=1" target="_blank">Nas China’s lhe ensinam, a suma missão</a>: <br /><a href="http://brasilacimadetudo.lpchat.com/index.php?option=com_content&task=view&id=6824&Itemid=1" target="_blank">De morrer pela causa, e matar “com razão”</a>.</p> <p><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=181:o-liberalismo-visto-pelo-imaginario-universitario&catid=3:educacao&Itemid=13" target="_blank">Nas escolas, nas ruas, campos: ideologizações</a>. <br /><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7580:ameaca-ostensiva&catid=104:outros&Itemid=122" target="_blank">Viraram todos soldattos, pagos ou não</a>; <br /><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=87:partidounicoepensamentounico&catid=100:estado-de-sao-paulo&Itemid=86" target="_blank">Desinformando e regurgitando, e seguindo a revolução</a>: <br /><a href="http://pesadelochines.blogspot.com/2009/06/socialismo-estende-perseguicao-qualquer.html" target="_blank">Seremos todos iguais, respirando ou não</a>. <br /> <br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=VNPjm0qfByc" target="_blank">As utopias na mente, as vidas no chão</a>! <br /><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7582:armando-valladares-renuncia-a-human-rights-foundation&catid=101:america-latina&Itemid=87" target="_blank">A certeza na frente, a História no lixão</a>: <br /><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7581:nao-houve-qgolpe-de-estadoq-em-honduras&catid=95:foro-de-sao-paulo&Itemid=69" target="_blank">Convulsionando a realidade, à sua marxianização</a>. <br /><a href="http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,143,sid,1,ch" target="_blank">Aprendendendo e ensinando, sempre a mesma lição</a>!</p> <blockquote> <p><font size="2"><font color="#ffffff"><em>Vem vamos embora, que brasilianizar não é saber! <br /></em><em>Quem sabe foge agora, não espera se f…</em></font></font></p> </blockquote> <p><a href="http://lh5.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/SlobOM4qiSI/AAAAAAAAAGg/ss06Olza3_w/s1600-h/SantosDumont-175x45_white%5B14%5D.png"><img style="border-right-width: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; margin-left: 0px; border-left-width: 0px; margin-right: 0px" title="SantosDumont-175x45_white" border="0" alt="SantosDumont-175x45_white" align="right" src="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/SlobOhMV7_I/AAAAAAAAAGk/h5UIbtHYC_w/SantosDumont-175x45_white_thumb%5B12%5D.png?imgmax=800" width="175" height="45" /></a> </p> <p> </p> <p>___________________________ <br /><font color="#c0c0c0" size="1" face="Microsoft Sans Serif">Mais do que nunca, aproveitem os links</font></p>Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-3405300581271459012009-07-04T17:01:00.001-03:002009-07-04T17:01:53.219-03:00Wolfram|Alpha<p align="center"><a href="http://lh4.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sk-1LUbvH3I/AAAAAAAAAGY/3wpbE03mgyE/s1600-h/header%20copy%5B21%5D.png"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="header copy" border="0" alt="header copy" src="http://lh4.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sk-1MCRc5dI/AAAAAAAAAGc/gQbA73RpzWc/header%20copy_thumb%5B17%5D.png?imgmax=800" width="451" height="100" /></a><font color="#c0c0c0" size="1"> © 2009 Wolfram Alpha LLC–A Wolfram Research Company. All rights reserved</font></p> <p align="justify">Já Conhecem o <a href="http://www31.wolframalpha.com/" target="_blank">WolframAlpha</a>? É um site novo e diferente que promete trazer muitas mudanças na forma como buscamos e relacionamos as informações na Internet.</p> <p align="justify">Veja a gama de possibilidades: peço para calcular quanto dá <a href="http://www31.wolframalpha.com/input/?i=%28R%24+250+x+30%25+%2B+R%24+425%29+%2A+0.5617%25" target="_blank">(R$ 250 x 30% + R$ 425) x 0.5617%</a>. O objetivo é saber quanto ganharia se pegasse 30% de 250 reais e somasse a uns 400 reais que já estivessem guardados e colocasse isso na caderneta, o que renderia no <a href="http://www.portalbrasil.net/2009/economia/poupanca_diaria.htm" target="_blank">dia</a>. O resultado, é de R$ 2,81 e seus valores já convertidos em euros, dólares e outros. Sobre <a href="http://www31.wolframalpha.com/input/?i=Uberl%C3%A2ndia" target="_blank">Uberlândia</a>, temos algumas informações de clima, geografia e população logo de cara. Em alguma <a href="http://www31.wolframalpha.com/input/?i=January+15%2C+1991" target="_blank">data</a>, temos até a qual a porcentagem da Lua estava iluminada.</p> <p align="justify">Esses são os recursos mais simples, e talvez mais úteis e inúteis. Mas pra quem quer uma informação específica – por exemplo sobre uma <a href="http://www31.wolframalpha.com/input/?i=D%20dominant%20eleventh" target="_blank">nota musical</a> – tem-se logo a notação musical e até como ouvir. <a href="http://www31.wolframalpha.com/input/?i=Uberlandia+to+Bonn" target="_blank">Distâncias</a> de um lugar para outro. Além das citadas <a href="http://www31.wolframalpha.com/input/?i=(28%20base%2016)%20+%20%2B+(30%20base%205)" target="_blank">contas matemáticas</a>, que podem ir a uma grande dificuldade de expressão, ou <a href="http://www31.wolframalpha.com/input/?i=49%20tredecillion" target="_blank">de conversão</a>. Além de mapas celestes, informações comparativas como de <a href="http://www31.wolframalpha.com/input/?i=Apple+Disney" target="_blank">ações de empresas</a>, informações cruzadas como <a href="http://www31.wolframalpha.com/input/?i=Brazil+annual+death" target="_blank">Mortes anuais no Brasil</a>, que me chocou profundamente – pois acreditava ser de no mínimo 40 mil, chegando a 60. Ali o Brasil está em 8º lugar em taxa de natalidade e em 10 de mortalidade. Um absurdo o último e ainda uma preocupação o primeiro.</p> <p align="justify">Cada página informada possui uma lista de fontes das informações. Isso não se refere porém a qual informação específica apresentada. Por isso deixo bem claro aqui que, assim como a Wikipédia: NÃO USE COMO REFERÊNCIA em qualquer trabalho sério que vá desenvolver (todos deveriam ser sérios né, mas vá lá), qualquer escrito que vise algum reconhecimento, análise, interpretação e afins posteriores. A computação “matemática na veia” não cometerá erros, portanto desde que se coloque a forma matemática correta ali, tudo estará de fato certo. Mas quando se trata de qualquer informação que não remeta à uma ciência exata: CUIDADO, as fontes podem se enganar, se misturar e até se oporem frontalmente, como o caso do número de mortes no Brasil. Esses sites somente devem ser levados em conta como o primeiro passo de uma consulta, o tira-dúvidas rápido e inicial para qualquer entendimento profundo de qualquer assunto. Nada como livros e mais livros sobre um mesmo assunto para que dê alguma autoridade para se falar de algo sem que se repita meramente um ou outro ponto que lhe é apresentado.</p> <p align="justify">Visto que o objetivo do site é justamente agregar as informações dispersas pela rede, o projeto é ambicioso e recentíssimo (acredito que conheci o site por volta de Abril pouco após seu lançamento) e desde então já conta com uma constante melhora  ampliação de seus dados. Na verdade fui modesto, eles são assumidamente megalômanos como dizem eles mesmo: Objetivamos coletar e curar todos os dados objetivos; implementar todo modelo, método e algoritmo conhecidos; e tornar possível de computar tudo que puder ser computado sobre qualquer coisa. (<a href="http://www31.wolframalpha.com/about.html" target="_blank">Minha tradução</a>)</p> <p align="justify">Fica por aqui a dica, visitem, gastem um tempinho procurando coisas inúteis e números malucos. O Wolfram|Alpha ainda nos apresentará e representará muitas coisas no futuro. E assim como alguns blogs possuem caixa de procura do Google e até da Wikipédia, coloco hoje a caixa de busca do Wolfram|Alpha. (1) Pra ser diferente, (2) Porque é diferente, e (3) Porque este Blog é também diferente. (Eu acho). Abraços!</p> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-35803527293474838272009-06-22T13:30:00.000-03:002009-06-22T13:30:10.840-03:00Finalmente, boas notícias na política!<p>Olá pessoal, e após um bom tempo parado trago uma notícia interessante: <strong><a href="http://www.patoshoje.com.br/novosite/noticia_detalhada.php?noticia_id=3034&mudancas-em-carmo-do-paranaiba-abre-espaco-para-o-unico-vereador-tetraplegico-do-pais" target="_blank">Mudanças em Carmo do Paranaíba abre espaço para o único vereador tetraplégico do país</a></strong>! Depois de lidar com tantas notícias deprimentes e desanimadoras no campo político como tenho lidado ultimamente, essa é realmente algo novo e refrescante.</p> <p>O primeiro suplente a vereador de uma cidade próxima à minha é tetraplégico, e devido a algumas “tretas” que não sei o motivo, o prefeito e seu vice foram cassados, assumindo o presidente da câmara dos vereadores e abrindo nesta uma vaga, que foi ocupada por Geraldo Ribeiro.</p> <p>Ademais a novidade – de minha parte – ficaria por aqui: a notícia é nova e interessante, e os comentários do site todos são positivos, otimistas e dão mensagens de apoio. Quanto mais, eu também devo dar uma, aqui, nesse meu espaço: enquanto que o agora vereador Geraldo Ribeiro é para mim o Tio Punga!</p> <p>Meu tio avô! Há muito conhecido por toda a família e amigos por sua capacidade e vontade intelectual, além de lucidez e clareza com que enxerga as coisas, ainda lembro-me vagamente de uma ou outra conversa com ele nas visitas que fiz àquela cidade, terra natal de meu pai e morada de meu avô durante anos.</p> <p>Lembro-me de um enigma que me propôs e que nunca esqueci. Daqueles simples, que a gente não dá conta de responder, mas tem raiva de si mesmo por não pensar o mais óbvio; uma desintoxação da extrema vontade de enxergar dados demais onde tudo pode ser pensado com a lógica metódica e absurdamente fácil.</p> <p>Por toda sua capacidade e conquista, deixo aqui os meus parabéns, enquanto não os passo por telefone. Gostaria de ter uma foto para por aqui, mas pelo menos no meu computador não consta nenhuma, e do arquivo do meu avô não ouso pedir ainda com o objetivo único de expor na Internet. Ademais leiam a notícia e comentem, cá ou lá. Abraços!</p> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-65814576136055178202009-06-20T23:00:00.000-03:002009-06-20T23:00:08.110-03:00Republicação – Politicamente correto, sociedade e ditadura<p align="center"><em>Esta é uma republicação adaptada de artigo homônimo em <strong>7 de Junho de 2009</strong> para o <strong>Lado B de um Disco Trash</strong>. </em><em>Por esta ser uma republicação adaptada, talvez eu tenha optado por retirar ou alterar uma parte do texto original, em caso de acréscimo, o fiz por meio de uma <span style="font-family:Calibri;">fonte diferente do corpo do texto geral</span>.</em></p> <hr /> <p><em></em></p> <p><em>Por: <strong><a href="http://ladobdiscotrash.blogspot.com/2009/06/politicamente-correto-sociedade-e.html">Érick Delemon</a></strong></em></p> <p>Estava eu lendo um blog de um fiel amigo da Internet. E lá me deparei com dois posts que, no final, trouxeram uma “discussão” em que os acusadores simplesmente misturaram qualquer argumento ridículo de politicamente correto. Que cada dia mais vejo como uma empulhação – como diz o Olavo. Isso de politicamente correto é só um nome novo pra “moralismos”, termo que hoje em dia pega mal somente porque parece apregoar algo passado e retrógrado; e contudo ser politicamente correto parece ser como assumir uma série de paradigmas em que você não pode dizer o que realmente pensa, com medo de onfender mil e um sujeitinhos sociais (veja por exemplo, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Politicamente_correcto">o que diz a pédia</a>).</p> <p>Sim, sujeitinhos porque nesse novo moralismo todo mundo é um grupinho à parte, toda e qualquer forma de identidade se torna preceito para uma nova minoria excluída. <span style="font-family:Calibri;">Sujeitinhos sim</span>, porque para alguém que é diferente não <span style="font-family:Calibri;">parece não</span> valer ser diferente se não for excluído, afinal esse é o motivo de urgir tantas diferenças tão sistêmicas e sem fundamento.</p> <p align="center"><a href="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1XCLV4qOI/AAAAAAAAAFo/vlLo9qGlJC8/s1600-h/sacrifice%5B4%5D.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: block; float: none; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; margin-left: auto; border-left-width: 0px; margin-right: auto" title="sacrifice" border="0" alt="sacrifice" src="http://lh3.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1XDGApiyI/AAAAAAAAAFs/2Awu_GIQIMo/sacrifice_thumb%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="304" height="333" /></a><span style="font-size:78%;color:#c0c0c0;">© John Pritchett</span><span style="color:#0000ff;"><em><span style="color:#ffff80;"> <br />O <strong>humilde</strong> sacrifício: o da verdade!</span></em></span></p> <p>Concordo com o <a href="http://blogdomrx.blogspot.com/2008/07/ditadura-do-politicamente-correto.html">Mr. X sobre a ditadura do politicamente correto</a>:</p> <blockquote> <p>Um fenômeno global desse tipo, em que idéias idiotas ou contraditórias são universalmente promovidas, e os que se negam a aceitá-las são punidos, não pode ser mera coincidência. </p> <p>Maconha bom, cigarro ruim. Aborto bom, pena de morte ruim. Palestinos bons, israelenses maus. Socialismo bom, capitalismo ruim. Gays bons, cristãos maus. União Européia bom, soberania nacional ruim. Armas nas mãos de guerrilheiros e terroristas sim, nas mãos de civis, não. </p> <p>Essas não são idéias que surgem espontaneamente na cabeça das pessoas. São promulgadas e difundidas insistentemente pela mídia, fundações, ONGs, instituições. </p> <p>E ai de você se discordar.</p> </blockquote> <p>O amigo blogueiro nem discordou, nem concordou: relatou o cômico de sua situação e… <strong>ai dele</strong>! Uma pena realmente. Ademais ele não insultou ninguém, e como ninguém ousou nos comentários, amaciando-lhe o ego somente para dizer: <em>éé, difícil agradar a todos</em>, ou <em>tem gente que não entende</em>, eu disse: não tem que pedir desculpas, não insultaste ninguém, nem nenhum grupo!Concordo com <a href="http://filipspagnoli.wordpress.com/2009/01/06/limiting-free-speech-10-the-right-to-insult/">Spagnoli: temos o direito ao insulto</a>; quando nos sentimos mal e da mesma forma que aquele que grita se achando insultado com um <strong>relato da realidade</strong> e imputa falso crime, pode ouvir uns palavrões e berros e por falso testemunho e ouvir alguém mandando-o descer do mundo onde ninguém tem a necessidade de falar umas verdades quando o sangue lhe sobe à cabeça e todos são certinhos, centrados, usando termos neutros e adornando o fadado relativismo ao discurso de todos.</p> <p align="center"> <a href="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1XD3k9aNI/AAAAAAAAAFw/poRIk35Cr9A/s1600-h/sheriff-political-correctness-john-s-pritchett%5B4%5D.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: block; float: none; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; margin-left: auto; border-left-width: 0px; margin-right: auto" title="sheriff-political-correctness-john-s-pritchett" border="0" alt="sheriff-political-correctness-john-s-pritchett" src="http://lh4.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1XEw-ztVI/AAAAAAAAAF0/or26sUL7EUM/sheriff-political-correctness-john-s-pritchett_thumb%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="304" height="350" /></a> <span style=" ;font-size:78%;color:#808080;">© John Pritchett</span> <br /><span style="color:#0000ff;"><em><span style="color:#ffff80;">Morte de tudo que representa a 1ª ementa estadunidense, a imprensa e sua liberdade</span></em></span></p> <p>Da limitação do discurso pessoal por termos relativizadores – quando não são necessários, ou até danosos para o argumento – passamos a um momento de controle subjetivo das coisas. Parece pequeno, mas a partir do momento em que seguramos nossa língua na preferência de um termo ameno em lugar de algo que realmente sentimos e acreditamos ser necessário que seja dito, já temos nossas opiniões sempre num cadafalso, à espera da morte sufocada e de quebrar a espinha da verdade como a queremos exprimir.</p> <p>Num lugar como uma enciclopédia, por exemplo, ou algo que visa a informação generalizada o texto deve sim ser construído com um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Princípio_da_imparcialidade">princípio de imparcialidade</a>. E nesse âmbito <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Weasel_words">certas palavras devem ser evitadas</a>. Mas isso somente enquanto um texto de construção e ligação entre fontes, sendo o próprio artigo enciclopédico uma fonte secundária ou até terciária. Mas quando o artigo cita, expõe ou mesmo constrói seu texto com base num ou outro autor, este deve ter seu discurso levado às exatas medidas com que foi construído. Com suas acusações mais horrendas ao tema, ou seus elogios mais ébrios.</p> <p align="center"> <a href="http://lh5.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1XFjFVDkI/AAAAAAAAAF4/DrCLKhIxizc/s1600-h/fiction%5B4%5D.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: block; float: none; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; margin-left: auto; border-left-width: 0px; margin-right: auto" title="fiction" border="0" alt="fiction" src="http://lh3.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1XGZQIHkI/AAAAAAAAAF8/NIEWrh_Bi4s/fiction_thumb%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="304" height="316" /></a> <span style=" ;font-size:78%;color:#808080;">© John Pritchett</span> <br /><span style="color:#0000ff;"><em><span style="color:#ffff80;">Os jornais, ao serem politicamente corretos, correm o risco de se tornarem leitura diária de ficção</span></em></span></p> <p> Do discurso pessoal e do que deveria ser relato da realidade amenizado pelas palavras, entramos no reino da ficção. E dessa ficção que é lida como relato do real, só podem sair cidadãos que não vivem mais na realidade, mas ficam absortos na verossimilhança do real material e perdidos na ficção do real subjetivo. Depois disso, como já mostra o apanhado que já apontei aqui de <a href="http://ladobdiscotrash.blogspot.com/2009/05/huxley-novamente-e-imprensa-mais-uma.html">Regresso ao Admirável Mundo Novo de Huxley</a>: só restará <span style="font-family:Calibri;">o silêncio por vergonha, e não por força, o ostracismo pelos que gritam mais forte, e não a prisão política:</span> totalitarismo da estabilidade, a ditadura pacífica.</p>Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-83363513559562836852009-06-20T22:00:00.000-03:002009-06-20T22:00:00.172-03:00Republicação – “Nova” visão sobre a crise e o Estado<p align="center"><em>Esta é uma republicação adaptada de artigo homônimo em <strong>14 de Junho de 2009</strong> para o <strong>Lado B de um Disco Trash</strong>. Por esta ser uma republicação adaptada, talvez eu tenha optado por retirar ou alterar uma parte do texto original, em caso de acréscimo, o fiz por meio de uma fonte diferente do corpo do texto geral.</em></p> <hr /> <p><em>Por: <strong><a href="http://ladobdiscotrash.blogspot.com/2009/06/nova-visao-sobre-crise-e-o-estado.html" target="_blank">Érick Delemon</a></strong></em></p> <p>Já aviso que não vim arrotar sobre a crise tanto tempo depois de seu início e tanto tempo antes de se chegar a um consenso de seu fim. Ao contrário, vim mostrar um outro lado. O lado que não é visto na Universidade, e já nem mais na mídia, somente em alguns pontos específicos na Internet, redutos firmes e pontuais em suas críticas, com opiniões e análises muito, mas muito diferente da que tomei contato nas minhas aulas de Sociologia, Filosofia e História no Ensino Médio, e mais ainda dos grupos de estudantes da Universidade. Dentre essas visões que podem parecer incomuns é a de que essa tal <strong>crise é culpa justamente do Estado</strong>. Esse ente gigantesco que hoje “socorre” empresas acusadas de irresponsabilidade, é colocado sob a luz de culpado pela crise: “<em>criada pela própria interferência do Estado na economia e nas finanças, ao manipular taxas de juros e o mercado de crédito.</em>” <sup id="cite_ref-crise-1" class="reference"><a href="#cite_note-crise-1">[1]</a></sup></p> <p> <a href="http://lh5.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1kooXd0NI/AAAAAAAAAGA/ie3ycSh6Sbs/s1600-h/FinancialCrisisDollar%5B13%5D.png"><img style="border-right-width: 0px; display: block; float: none; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; margin-left: auto; border-left-width: 0px; margin-right: auto" title="FinancialCrisisDollar" border="0" alt="FinancialCrisisDollar" src="http://lh5.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1kpfWaYaI/AAAAAAAAAGE/4iUDZ6s9Slw/FinancialCrisisDollar_thumb%5B9%5D.png?imgmax=800" width="250" height="293" /></a> </p> <p>De acordo com o prisma liberal a economia é solapada pelo controle estatal há pelo menos um século. Logo, falar em Estado Capitalista como meio para criticá-lo é tolice e no mínimo um artifício de argumentação que não toma base nenhuma na realidade. Por liberal devemos entender que falo da ótica do Liberalismo econômico, e não o <em>liberal</em> que se tem em mente na acepção que foi se consolidando nos EUA como forma justamente de esquerdismo ao se referir a um comportamento mais “flexível” e aberto a mudanças. Assim, essa crise é efeito tardio de uma causa de raizes socialistas – ou pelo menos – esquerdistas.</p> <p>Uma crítica que a direita faz por exemplo, é o fato de se alardear que a crise não foi tão arrebatadora no Brasil devido à solidez de nossa economia! Eles rebatem dizendo: <sup id="cite_ref-crise-2" class="reference"><a href="#cite_note-crise-2">[2]</a></sup></p> <blockquote> <p>[…] não há tanta atividade econômica assim, especialmente a de crédito. Mais da metade da economia nacional é informal. O volume de crédito em todo o País, é de cerca de 40% do PIB, já que todo o resto restringe-se aos papéis do governo – títulos de divida pública, que financiam os bancos. As exportações são baseadas em commodities, especialmente no setor agrícola, e, convenhamos, comida continua a ser necessidade do dia a dia.</p> </blockquote> <p>Mais: na contramão de tudo o que a mídia noticia falam – numa crítica ferrenha ao governo e seu posto maior – sobre a intervenção estatal: <sup id="cite_ref-crise-3" class="reference"><a href="#cite_note-crise-3">[3]</a></sup></p> <p></p> <blockquote> <p>[...] a crise não desencadeou a leitura de que o mercado precisa do estado, mas sim justamente o contrário: é o estado quem precisa do mercado, e ainda mais neste momento de crise!</p> <p>Desde que a marola atingiu o Brasil, a arrecadação tributária vem continuamente caindo. Aí já se comprova liminarmente quem é que precisa de quem. Pois, ao ver o seu cofre minguando a cada mês, o que tem feito o governo para reverter a situação? Ora, ciente de que estrangulava a vaca que lhe fornecia o leite, acena com seqüenciais cortes de impostos sobre a produção, ao mesmo tempo em que camufla suas ações com a cortina de tinta preta (coisa de molusco) bradando fingidamente ajudar àqueles a quem na verdade sugava-lhes as forças. Pois, desde quando desonerar impostos é ajudar ou fazer alguma coisa? Diminuir tributos, é sim, um não-fazer, é deixar de extorquir, é abster-se de expropriar!</p> </blockquote> <p>Dando o golpe final:</p> <blockquote> <p>Então, se a solução para a crise é diminuir impostos, porque já não vinha o estado o fazendo antes da crise, como forma de propiciar o crescimento da poupança e o desenvolvimento da nação e gerando com isto mais empregos? Claro, isto significaria uma vez mais admitir que é o mercado que tem prosperidade a oferecer à nação, e não o estado!</p> </blockquote> <p>Lembro a vocês até que esse autor utiliza Estado com “e” minúsculo pois “<em>O estado não é uma entidade sagrada e nem é nome próprio, logo não merece a inicial maiúscula.</em>” <font face="Calibri">Os impostos na grande mídia são taxados por serem abusivos e quando o governo os reduz, a notícia é recebida com festa. Para os liberais os impostos são uma forma de regulagem do mercado pelo Estado, uma contenção da livre iniciativa. E para o conservador/liberal, o fato de se tolher a liberdade para que o Estado diga qual a melhor ora de consumir esse ou aquele produto é característica de regimes socialistas, mesmo que o Estado não precise fazer uma propaganda para determinar o consumo: age mediante diminuição de uma ou outra taxação. </font>Daí se percebe todo <strong>um discurso ausente de qualquer forma midiática</strong>.</p> <p><a href="http://lh4.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1kqBw2_VI/AAAAAAAAAGI/hBdvyHspaWw/s1600-h/crise%5B8%5D.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: block; float: none; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; margin-left: auto; border-left-width: 0px; margin-right: auto" title="crise" border="0" alt="crise" src="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1kq-o1mxI/AAAAAAAAAGM/SYmV7TADJgo/crise_thumb%5B6%5D.jpg?imgmax=800" width="225" height="299" /></a> Por que será essa ausência? Estranho é pensar que esse é o discurso Liberal, o discurso dos temidos capitalistas que – segundo “aprende-se” à exaustão – são os líderes da globalização, os dominadores do mundo, os 10% que comandam todos os rumos da economia mundial. Será?! Se é esse o discurso hoje da “classe dominante” porque não estão eles no comando dos jornais e meios de comunicação? Não é o que se traduz na realidade.</p> <p><font face="Calibri">A mim </font>não é porque desde que entrei na oitava série não havia sequer um ano em que o tema globalização tivesse uma atenção trimestal das aulas, e sempre nos era apresentado um panorama em que tudo que essa louca globalização fez foi em prol do Capitalismo (enquanto sistema econômico) e (enquanto sua ideologia) o neo-liberalismo. E especialmente porque o neo-liberalismo é tão mais abominado pelos liberais do que pelos próprios esquerdistas, comunistas, sociais-democratas, e afins.</p> <p>Pois bem que isso é só a ponta do iceberg da argumentação liberal/conservadora contra os abusos do Estado sobre economia. Tentei jogar aqui alguns conceitos principais (a meu ver) para a desconstrução do que está posto pela mídia e senso comum. Para mais, peço urgentemente que leiam o artigo do Rodrigo Constantino: <strong><a href="http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2009/03/crise-vista-por-um-prisma-liberal.html" target="_blank">A Crise Vista por um prisma liberal</a></strong>, que retrata a visão de quem está de dentro, de quem sabe exatamente o que é Liberalismo, equanto eu somente recentemente tomei contato com essa retórica e lógica, ante anos (ainda correntes) de <a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=181:o-liberalismo-visto-pelo-imaginario-universitario&catid=3:educacao&Itemid=13" target="_blank">imáginário estudantil</a>.</p> <p> </p> <p>Por enquanto, fico por aqui, e perdão pelo post esteticamente longo, mas que em conteúdo é somente um arranhão. Espero em breve trabalhar mais o assunto. Até!</p> <p> </p> <p><a href="http://lh5.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1kraXO17I/AAAAAAAAAGQ/VoyZtFPngt4/s1600-h/Notas_headsection%5B5%5D.png"><img style="border-right-width: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px" title="Notas_headsection" border="0" alt="Notas_headsection" src="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1kr3clULI/AAAAAAAAAGU/WRDYCogXcLs/Notas_headsection_thumb%5B3%5D.png?imgmax=800" width="425" height="20" /></a> </p> <ol class="references"> <li id="cite_note-crise-1"><a href="#cite_ref-crise-1">↑</a> <small><a href="http://www.if.org.br/" target="_blank">Instituto Federalista</a> no <a href="http://midiasemmascara.org/" target="_blank">Mídia sem Máscara</a>:</small> <a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=188:os-afundamentos-economicos-&catid=1:economia&Itemid=11" target="_blank"><strong>Os Afundamentos Econômicos</strong></a> </li> <li id="cite_note-crise-2"><a href="#cite_ref-crise-2">↑</a> idem </li> <li id="cite_note-crise-3"><a href="#cite_ref-crise-3">↑</a> <small>Klauber Cristofen Pires no Mídia sem Máscara:</small> <strong><a href="http://midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7479:sobre-bravatas-a-igualdade-e-a-liberdade&catid=1:economia&Itemid=11" target="_blank">Sobre Bravatas, a Igualdade e a Liberdade</a></strong></li> </ol> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2801502831416963874.post-64834653321032930422009-06-20T21:00:00.000-03:002009-06-20T21:00:12.257-03:00Republicação – Lapso de Educação Moral<p align="center"><em><font size="2" face="Calibri">Esta é uma republicação adaptada de artigo homônimo em <strong>17 de Abril de 2009</strong> para o <strong>Lado B de um Disco Trash</strong>. Este, juntamente com outros artigos que se seguirão serão duplicados para cá à medida que acho que traduzem o meu pensamento pessoal e sejam úteis para posts futuros lá e especialmente aqui no <strong>Blog do Delemon</strong>.</font></em></p> <hr /> <p><span style="font-size: 100%"><em><font size="3"><font face="Calibri"></font></font></em></span></p> <p><span style="font-size: 100%"><em><font size="3"><font face="Calibri">Por: <strong><a href="http://ladobdiscotrash.blogspot.com/2009/04/lapso-de-educacao-moral.htm" target="_blank">Érick Delemon</a></strong></font></font></em></span></p> <p style="text-align: justify">Hoje eu vim cutucar feridas, e pra mostrar que aquele negócio de “política e religião não se discute” é, pra não pegar muito pesado, digno de quem se omite da sociedade e teme conviver com alguém diferente. Concordo, que para um conservador deverá ser difícil trocar idéias e visões de mundo com um social-democrata, mas isso não impede que o tentem. Pode ser divertido, educador e enriquecedor.</p> <p style="text-align: justify"><a href="http://lh3.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1RfxEGCDI/AAAAAAAAAFY/UVuwSDObI1s/s1600-h/Lapso-base%20post%20picture%5B11%5D.png"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="Lapso-base post picture" border="0" alt="Lapso-base post picture" src="http://lh6.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1Rgxq1FYI/AAAAAAAAAFc/SHZS0U9kPdY/Lapso-base%20post%20picture_thumb%5B7%5D.png?imgmax=800" width="477" height="130" /></a> </p> <div style="text-align: justify"></div> <p style="text-align: justify">E, visto que <a href="http://delemon.blogspot.com/2009/04/consciencia-de-si-no-brasil-delirante.html" target="_blank">já arrisquei</a> falar de política uma vez, falo hoje sobre religião. Mas não venho criticar nenhuma enquanto sistemas simbólicos e morais que são invariavelmente em seus diversos matizes. Critico os “fieis” das mesmas e o lapso que tem na educação moral de seus filhos. Devo isso em grande parte à minha mãe, que disse (há muitos e muitos anos) muitas das palavras que vão aparecer bem diluídas no que se segue. E nada me provou o contrário, conquanto mais e mais a minha observação geral da sociedade me provava que se mostrava correta.</p> <div style="text-align: justify"></div> <p style="text-align: justify">Começo com um preceito que parece razoavelmente distribuído na mente urbana de que os pais, desejando dar a seus filhos o máximo de liberdade que não tiveram, dizem basicamente: “ele pode escolher a religião que quiser!” Até então eu não critico nada. O problema vem no passo seguinte: os pais muitas vezes põem seus filhos em escolas que possuem alguma tradição religiosa, mesmo que seja diferente da sua, imaginando que ele encontrará ali um clima mais tranquilo e cordial.</p> <div style="text-align: justify"></div> <p style="text-align: justify">Esses mesmos pais são os desnaturados que jogam sobre a instituição escolar o dever de criação moral de seus filhos e alegando a liberdade do filho não lhe ensinam nada. E não defendo aqui que os pais joguem baldes de suas crenças sobre os filhos. Mas que tenham consciência de suas responsabilidades enquanto pais e guias porta toda uma vida! E que portanto devem – se quiserem, descrever no que consiste suas próprias religiões, mesmo que no mais absoluto enciclopedismo. Mas mais do que isso.</p> <div style="text-align: justify"></div> <p style="text-align: justify">O dever dos pais é mostrar o <strong>princípio religioso</strong>! Se um pai quer evitar que ele mesmo mostre sua religião para o filho temendo algum tipo de imposição subconsciente, ele deve ter consciência de que enquanto criador de uma célula do tecido da sociedade civil, o pai deve dar a seus filhos o princípio básico de que o filho pode escolher qualquer religião que quiser, e não jogar esse princípio moralizador nas costas das escolas.</p> <div style="text-align: justify"></div> <p style="text-align: justify"><a href="http://lh4.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1RjTU1jSI/AAAAAAAAAFg/me2stwky9GA/s1600-h/592px-ReligionSymbol%5B4%5D.png"><img style="border-right-width: 0px; display: block; float: none; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; margin-left: auto; border-left-width: 0px; margin-right: auto" title="592px-ReligionSymbol" border="0" alt="592px-ReligionSymbol" src="http://lh5.ggpht.com/_O7ABW8fsbn8/Sj1RkuoVjjI/AAAAAAAAAFk/CEELcI8NgTY/592px-ReligionSymbol_thumb%5B2%5D.png?imgmax=800" width="277" height="331" /></a> </p> <div style="text-align: justify"><center><em><span style="color: rgb(0,0,255); font-size: 78%"><font color="#c0c0c0">O princípio religioso é mais do que um recorte dos sistemas morais pré-estabelicidos: é base para a vida em sociedade</font></span></em></center></div> <div style="text-align: justify"></div> <p style="text-align: justify">O pai que consegue dar liberdade de escolha religiosa ao seu filho e que, contudo, mostra-lhe que <em>em termos de ação</em>, omitir é diferente de mentir, é um grande esclarecedor. Mas se o pai evidencia-lhe que em ambos os casos a verdade não está presente, e que dependendo da situação, mentira e omissão são comportamentos igualmente vis, baixios e danosos a outrem e à própria consciência é muito mais que um esclarecedor.</p> <div style="text-align: justify"></div> <p style="text-align: justify">Reitero que não desejo ouvir crianças falando de Deus a cada esquina só porque é o correto<font face="Calibri"> – seria algo interessante, contudo, se o fizessem por acreditarem e viverem o que falam.</font> O correto é elas realmente encontrarem seu caminho, e nele souberem devolver o troco correto e não sacanear alguém só pelo prazer sádico que pulula dentro de si.</p> <div style="text-align: justify"></div> <p style="text-align: justify">E finalizo dizendo que ‘ataco’ a educação religiosa atual em que os pais, defendendo a liberdade e descambando em irresponsabilidade,<font face="Calibri"> nada ensinam senão a perder dinheiro (sim pois a educação financera no Brasil é péssima), a trabalhar e estudar assuntos superficialmente disconexos de seus panos de fundo morais</font>. Para os ateus, a mensagem é a mesma: é só ensinar o garoto a viver corretamente (no sentido moral)! E não achar que colocando ele num lugarzinho bonitinho com professores educados o tornará modelar se os colegas dele não forem educados em casa antes. Em suma eu posso bem dizer: “<em>Ensinai <strong>ética</strong> aos vossos filhos urgentemente!”</em> E todo meu texto se encontraria resumido nessa frase.</p> <p style="text-align: justify"> </p> <hr /> <p align="center"><em>Por esta ser uma republicação adaptada, talvez eu tenha optado por retirar ou alterar uma parte do texto original, em caso de acréscimo, o fiz por meio de uma <font face="Calibri">fonte diferente do corpo do texto geral</font>.</em></p> Érick Delemonhttp://www.blogger.com/profile/08855843280172152660noreply@blogger.com0